A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, em 7 de abril, que as tarifas de energia elétrica devem subir, em média, 3,5% ao longo de 2025. A projeção ficou abaixo da estimativa do IPCA, que previa um aumento de até 5,6%. Apesar da expectativa de reajuste, o impacto ainda não chegou ao bolso da maioria dos consumidores.
De janeiro a abril, a bandeira tarifária verde se manteve ativa em todo o país. Essa classificação indica que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão em situação confortável, o que dispensa cobranças adicionais na conta de luz. Com isso, os brasileiros continuaram pagando apenas o valor base da energia consumida, sem tarifas extras.




Outro fator que ajudou a aliviar as contas foi o bônus concedido pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. A usina acumulou um saldo positivo de R$ 1,3 bilhão e reverteu esse valor em créditos na fatura de cerca de 78 milhões de consumidores. O benefício atendeu residências que consomem até 350 kWh por mês, reduzindo o valor final da conta.
Reajuste previsto ainda depende de variáveis
Até abril, a maioria dos consumidores não sentiu aumento na conta de luz. Pelo contrário, muitos notaram redução por causa do bônus e da ausência de tarifas extras. Esses dois fatores ajudaram a manter os valores estáveis no primeiro trimestre do ano.
Apesar disso, a previsão de reajuste permanece. A Aneel estima que as tarifas subirão em algum momento de 2025, mas o cronograma depende da evolução das condições climáticas, do uso das bandeiras tarifárias e das decisões das distribuidoras locais.