
Há fila de espera para quem deseja conhecer as capivaras em um café na Flórida. Estabelecimento foi criado para ajudar financeiramente um santuário de animais. Uma capivara recebe carinho de visitantes no Capybara Cafe, em St. Augustine, Flórida.
Mike Schneider/AP Photo
Amantes dos animais têm um novo ponto de encontro com os “queridinhos” do momento: grandes roedores peludos. Nos fundos de um prédio comercial de uma imobiliária, na cidade mais antiga dos Estados Unidos, capivaras sobem no colo dos visitantes, roem espigas de milho e buscam carinho dos humanos no Capybara Café, em St. Augustine, na Flórida.
“Você dá bastante carinho e faz muitos cafunés”, explica Stephanie Angel, que abriu o Capybara Café no fim do ano passado. “Muitas vezes eles vão subir no seu colo porque estão muito acostumados com pessoas. E, se você for realmente bom em fazer carinho, eles até desabam e se deitam. Esse é sempre o nosso objetivo: deixá-los tão confortáveis a ponto de tombarem.”
Desde que abriu as portas em outubro, no centro de St. Augustine, próximo ao campus da Flagler College, centenas de apaixonados por animais já visitaram o local para fazer carinho nas capivaras. As reservas são feitas com meses de antecedência, por pessoas como Leah Macri, que recentemente visitou o espaço vinda de Orlando com sua filha.
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Uma capivara recebe carinho de visitantes no Capybara Cafe, em St. Augustine, Flórida.
Mike Schneider/AP Photo
“O pelo deles parece um pouco com palha”, contou Macri.
Depois de passar por uma sala de recepção com sofás e um cercado com pintinhos, os visitantes são levados em grupos de cerca de seis pessoas para um espaço menor. Cobertores são colocados sobre os colos dos participantes, e três capivaras entram na sala.
Outros animais — como um gambá, um wallaby (marsupial australiano) e um tatu — também são apresentados, circulando entre os humanos e subindo em seus colos. O custo é de US$ 49 por pessoa para um encontro de meia hora e de US$ 99 para uma experiência de uma hora, que inclui a interação com os outros animais.
Apesar de ter ido até lá pelas capivaras, Macri disse que seu momento favorito foi segurar o tatu.
“Ele era o mais fofo, o melhor. Era simplesmente o mais macio”, contou ela. “Ele era muito doce.”
Funcionária apresenta um tatu para visitantes que já interagem com capivaras em café na Flórida.
Mike Schneider/AP Photo
A capivara — um roedor típico da América do Sul, parente do porquinho-da-índia — é o mais novo integrante da lista de animais da moda que viraram sensação nos Estados Unidos. Na última temporada de compras de fim de ano, era possível encontrar chinelos, bolsas, roupões e até bombas de banho com o tema do animal. Axolotes, corujas, ouriços, raposas e bichos-preguiça também já tiveram seus momentos de fama.
Com patas parcialmente palmadas, as capivaras podem crescer mais de 1,20 metro de comprimento e pesar bem mais de 45 quilos.
Vários zoológicos e parques de vida selvagem dos EUA oferecem encontros com capivaras, mas Angel afirma que nenhum deles proporciona a mesma proximidade com os animais que o Capybara Café.
Ela planeja abrir um novo café de capivaras em breve, do outro lado do estado, em St. Petersburg, na Flórida. A unidade de St. Augustine não vende café nem alimentos quentes, como o nome poderia sugerir, mas comercializa camisetas, canecas e bichos de pelúcia temáticos.
O café foi criado para ajudar financeiramente a ONG Noah’s Ark Sanctuary Inc., um santuário de animais com sede em Hastings, na Flórida, segundo Angel.
Chris Cooper, que visitou o Capybara Café com a esposa, se surpreendeu com a textura do pelo das capivaras.
“Eu não esperava que o pelo fosse tão áspero e rígido”, disse Cooper, que dirigiu cerca de 250 quilômetros, desde Weeki Wachee, para conhecer os animais. “E também não esperava que fossem tão carinhosos. Eles adoram receber carinho e massagem.”
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