
A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira (11) um mandado de busca e apreensão contra um estudante, de 19 anos, da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) suspeito de divulgardiscursos de ódio e conteúdos extremistasem fóruns e redes sociais. A ação foi realizada em Pocinhos (PB), onde o rapaz reside, no âmbito da Operação Leviatã.
O nome do investigado não foi divulgado. Ele frequenta um dos campi da UEPB em Campina Grande. Segundo a PF, o objetivo da operação é apurar atos preparatórios de terrorismo e incitação ao ódio com motivações raciais e étnicas.
As investigações começaram a partir de um relatório enviado pelo FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos) à corporação brasileira. O documento apontava mensagens com teor extremista, incluindo adesão a ideologias intolerantes e menções a possíveis ações violentas.
Durante o cumprimento do mandado, a PF apreendeu celulares, mídias digitais e dispositivos de armazenamento de dados na casa do estudante.
Também foram recolhidas peças de vestuário com temática militar, como uma calça camuflada, uma jaqueta, uma boina, um suspensório e uma luva. A corporação não detalhou como esses objetos se relacionam com os conteúdos investigados.

A Polícia Federal informou que o estudante é suspeito de participar de ambientes digitais onde circulam manifestações de intolerância racial e ideológica.
O material recolhido será analisado para verificar a extensão do envolvimento do universitário e identificar eventuais conexões com outros participantes ou grupos organizados.
A operação não resultou em prisões. A PF disse que a investigação está em fase inicial e que o foco é a prevenção, com o objetivo de impedir que discursos extremistas se convertam em ações concretas.
Polícia Federal se posicionou
Em nota enviada ao Portal iG, a corporação afirmou que “as apurações indicaram a existência de comunicações contendo discursos de ódio e adesão a ideologias extremistas, com motivações raciais e étnicas”.
Ainda segundo a PF, o conteúdo analisado “revela a predisposição do investigado para a prática de atos violentos e reforça seu alinhamento com ideologias de intolerância”.
O Portal iG procurou o Ministério Público Federal e Universidade Estadual da Paraíba, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.
O caso segue sob sigilo. Até o momento, não há confirmação sobre planos de ataque nem sobre os fóruns específicos em que o estudante atuava.