Descubra como consultar e sacar o FGTS agora em abril com o saque-aniversário

Trabalhadores com carteira assinada têm no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) um direito essencial, mas que ainda gera muitas dúvidas. Em abril, a Caixa Econômica Federal libera o saque-aniversário para quem nasceu neste mês, permitindo o acesso a parte do saldo disponível nas contas do fundo. Além disso, valores bloqueados de trabalhadores demitidos que aderiram a essa modalidade começam a ser liberados, com pagamentos divididos em etapas. Este guia detalha tudo o que você precisa saber sobre saques, consultas e o funcionamento do FGTS neste período, trazendo informações práticas para aproveitar os recursos disponíveis.

A cada mês, 8% do salário dos trabalhadores formais é descontado e depositado no FGTS, formando uma reserva que pode ser acessada em situações específicas, como demissão sem justa causa, compra de imóvel ou aposentadoria. No entanto, o saque-aniversário, criado em 2019, oferece uma alternativa anual para quem opta por essa modalidade, com valores que variam conforme o saldo acumulado. Para os nascidos em abril, o prazo para retirada vai até 30 de junho, enquanto outros casos, como bloqueios judiciais ou erros cadastrais, exigem atenção especial para liberar o dinheiro.

Com mais de 100 milhões de contas ativas e inativas, o FGTS é um dos principais mecanismos de proteção trabalhista no país. Em abril, além do saque-aniversário, trabalhadores demitidos que estavam na modalidade podem acessar valores antes bloqueados, desde que sigam as regras específicas. Entender as datas, os limites e os procedimentos é fundamental para não perder prazos ou deixar recursos parados.

Nascidos em abril: saque disponível de 1º de abril a 30 de junho
Valores bloqueados (demissão): primeira etapa liberada desde março, segunda em andamento
Consulta ao saldo: disponível pelo aplicativo FGTS ou telefone 0800 726 0207

Saque-aniversário: quem pode retirar em abril

Em abril, o foco do FGTS está nos trabalhadores nascidos neste mês que aderiram ao saque-aniversário. Essa modalidade permite sacar uma parte do saldo anualmente, no mês de aniversário, mas exige compromisso: quem opta por ela perde o direito ao saque total em caso de demissão sem justa causa, recebendo apenas a multa de 40%. Os valores disponíveis dependem do total acumulado na conta, seguindo uma tabela progressiva que define alíquotas e parcelas adicionais.

Para quem tem até R$ 500, a alíquota é de 50%, sem adicional. Já saldos acima de R$ 20 mil liberam 5% do valor, mais uma parcela fixa de R$ 2.900. Um trabalhador com R$ 5 mil na conta, por exemplo, pode sacar R$ 1.500 (30% + R$ 650), enquanto outro com R$ 15 mil acessa R$ 3.400 (15% + R$ 1.150). A adesão ao saque-aniversário é opcional e pode ser feita pelo aplicativo FGTS ou em agências da Caixa, mas a saída da modalidade exige espera de 25 meses.

Os nascidos em abril têm até o último dia de junho para realizar o saque. Após esse prazo, o valor retorna ao saldo da conta e só poderá ser acessado no próximo ano ou em outra situação prevista em lei. Por isso, é importante acompanhar o calendário e planejar a retirada dentro do período estipulado.

Valores bloqueados: como acessar após demissão

Trabalhadores demitidos que aderiram ao saque-aniversário enfrentam uma situação específica: o saldo total do FGTS fica bloqueado, exceto o valor da multa rescisória. Em 2025, a Caixa está liberando esses recursos em duas etapas, sendo a primeira iniciada em março e a segunda em andamento em abril. Essa medida beneficia quem perdeu o emprego e precisava de acesso ao fundo, mas estava impedido pelas regras da modalidade escolhida.

O desbloqueio ocorre automaticamente para os casos relacionados à adesão ao saque-aniversário, sem necessidade de solicitação extra, desde que o trabalhador esteja dentro do grupo contemplado nas etapas anunciadas. Já bloqueios por outros motivos, como decisões judiciais ou empréstimos vinculados ao FGTS, exigem trâmites diferentes, que variam de acordo com a causa. A liberação gradual visa organizar o pagamento para milhões de beneficiários, evitando sobrecarga no sistema.

Quem teve o saldo bloqueado após demissão pode consultar a situação pelo aplicativo FGTS ou em uma agência da Caixa. Em muitos casos, o dinheiro já está disponível para saque, mas é essencial verificar se há pendências, como atualização de dados ou quitação de dívidas, que possam atrasar o acesso aos recursos.

Como consultar o saldo do FGTS

Saber quanto há na conta do FGTS é o primeiro passo para planejar saques ou entender bloqueios. O processo é simples e pode ser feito de duas formas principais. Pelo aplicativo FGTS, disponível para Android e iOS, basta fazer o login com CPF e senha ou se cadastrar no primeiro acesso. Na tela inicial, o saldo aparece destacado, com opção de visualizar o extrato completo, incluindo depósitos e movimentações.

Outra alternativa é a consulta por telefone, ligando para o número 0800 726 0207. O atendimento da Central Caixa ao Cidadão solicita CPF e data de nascimento para informar o valor disponível, sendo uma opção prática para quem não usa aplicativos. Ambas as ferramentas são gratuitas e atualizadas em tempo real, permitindo que o trabalhador acompanhe sua situação sem complicações.

Além disso, em agências da Caixa, é possível obter informações detalhadas, especialmente em casos de divergências ou bloqueios. Levar documentos como RG, CPF e carteira de trabalho agiliza o atendimento presencial, que pode ser necessário para resolver problemas mais complexos, como erros cadastrais ou valores não creditados.

Calendário do saque-aniversário em 2025

O saque-aniversário segue um cronograma anual fixo, com datas definidas para cada mês de nascimento. Confira o calendário completo para 2025:

  • Janeiro: 2 de janeiro a 31 de março
  • Fevereiro: 3 de fevereiro a 30 de abril
  • Março: 13 de março a 30 de maio
  • Abril: 1º de abril a 30 de junho
  • Maio: 2 de maio a 31 de julho
  • Junho: 2 de junho a 29 de agosto
  • Julho: 1º de julho a 30 de setembro
  • Agosto: 1º de agosto a 31 de outubro
  • Setembro: 1º de setembro a 28 de novembro
  • Outubro: 1º de outubro a 30 de dezembro
  • Novembro: 3 de novembro a 30 de janeiro de 2026
  • Dezembro: 1º de dezembro a 27 de fevereiro de 2026

Esse calendário garante que todos os trabalhadores tenham uma janela de cerca de três meses para sacar o valor disponível, oferecendo flexibilidade no planejamento financeiro. Para os nascidos em abril, o período já está ativo, mas é importante agir antes do prazo final para evitar a devolução do dinheiro à conta do fundo.

Desbloqueio do FGTS: o que fazer em cada caso

O FGTS pode ser bloqueado por diferentes razões, e o caminho para liberar os valores depende do motivo. Quem aderiu ao saque-aniversário e quer voltar ao modelo tradicional precisa esperar 25 meses após a solicitação, feita pelo aplicativo ou em uma agência. Já bloqueios judiciais, comuns em ações trabalhistas ou questões de pensão alimentícia, exigem resolução na Justiça, com apresentação de documentos ao juiz responsável pelo caso.

Erros cadastrais, como nome ou CPF inconsistentes, são outro motivo frequente de bloqueio. Nesse caso, o trabalhador deve atualizar os dados pelo sistema virtual da Caixa ou presencialmente, levando RG, CPF e comprovantes trabalhistas. Para bloqueios ligados a empréstimos com garantia do FGTS, o desbloqueio só ocorre após a quitação total da dívida, o que pode ser negociado diretamente com o banco.

Resolver essas pendências exige paciência e organização. Em qualquer situação, o primeiro passo é identificar a causa do bloqueio, consultando o saldo pelo aplicativo ou na agência. Com a informação em mãos, o trabalhador pode reunir os documentos necessários e seguir o procedimento indicado pela Caixa, garantindo o acesso ao dinheiro o mais rápido possível.

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