
Número de matrículas subiu de 247.856, em 2023, para 248.732, em 2024. Dados incluem ensinos Infantil, Fundamental e Médio nas redes pública e privada. Censo Escolar 2022 contabilizou 26.815 alunos com altas habilidades ou superdotação na educação básica brasileira
Getty Images/via BBC
Dados do Censo Escolar 2024 divulgados nesta terça-feira (9) apontam que, em Campinas (SP), houve aumento no número de alunos matriculados na educação básica. Em 2023, eram 247.856 estudantes, contra 248.732 em 2024.
As taxas de aumento são maiores quando se considera os estudantes matriculados em período integral e aqueles em período integral somente na rede pública, chegando a 3,48% e 4,53%, respectivamente. Os dados incluem os ensinos Infantil, Fundamental e Médio. Confira abaixo.
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Os resultados da primeira etapa do Censo foram disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) junto do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Nesta etapa, constam informações sobre todas as escolas, professores, gestores e turmas, além das características dos alunos da educação básica.
Alunos matriculados
De acordo com o Censo, o aumento no número total de matrículas na educação básica foi de 0,35%. Em 2023, eram 247.856 estudantes, contra 248.732 em 2024.
Quando se considera somente o número de alunos matriculados em período integral, o aumento chega a 3,48%. Em 2023, eram 51.582 os estudantes de período integral na educação básica em Campinas, subindo para 53.379 em 2024.
A taxa sobe para 4,53% somente na rede pública de ensino. Em 2023, a rede pública contava com 38.150 alunos em período integral, número que chegou a 39.880 em 2024.
A quantidade de escolas públicas e privadas em Campinas também aumentou, de 662 em 2023 para 666 em 2024, uma taxa de 0,6%.
O que explica o aumento?
Para Dora Megid, doutora em educação e aposentada do programa de pós-graduação da PUC-Campinas, o aumento nas matrículas pode ser reflexo do período pós-pandemia de covid-19, maior empregabilidade e incentivos do governo.
“Os índices do Censo Escolar parecem acompanhar esse panorama: maior estabilidade das famílias, maior possibilidade de acesso à escola. Outros programas do governo, em especial de incentivo ao aluno do Ensino Médio, têm aumentado a possibilidade de permanência dos adolescentes e adultos na escola. Embora sejam incentivos tímidos, favorecem alguma ajuda de custo”, avalia.
Em relação ao aumento das matrículas em escolas de período integral, a doutora explica que essa modalidade pode ser atrativa para famílias, já que os alunos permanecem nas unidades por mais tempo.
“Esses aspectos não só contribuem para a permanência dos já matriculados na escola mas também trazem incentivo para aqueles que ainda estavam fora desse contexto. Com mais procura por escolas acontece a pressão por mais unidades de ensino, provocando a abertura de novas unidades”, conclui.
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