A recessão nos Estados Unidos deixou de ser o quadro mais provável após o presidente Donald Trump limitar tarifas recíprocas em 10% por 90 dias, segundo avaliação do Goldman Sachs.
Em relatório encaminhado a clientes nesta quarta-feira (9), o banco de investimentos retornou a previsão anterior de alta de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025.
Apesar da reversão do quadro pessimista, os analistas do Goldman Sachs ainda enxergam 45% de chance da maior economia do mundo entrar em recessão.
Os analistas do banco de investimento ainda apontam que, apesar da limitação em 10% das taxas, ainda há expectativa de tarifas adicionais para setores específicos, chegando a 25%.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (9) que limitará suas tarifas recíprocas a 10% por um prazo de 90 dias.
Ao mesmo tempo, ele anunciou que aumentaria as taxas de importação sobre a China para 125%, intensificando sua retaliação com Pequim.
Em postagem na sua rede social, Truth Social, o republicano afirmou que as medidas entram em vigor imediatamente.
Na mesma mensagem, Trump disse que estava aumentando as tarifas dos EUA sobre a China enquanto trabalha para trazer Pequim à mesa de negociações.
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”, escreveu ele.
A medida anunciada por Trump vale para as novas tarifas que entraram em vigor na madrugada desta quarta-feira para países que seriam taxados em mais de 10%. A lista incluia 57 países.
Já taxas de até 10% – incluindo contra o Brasil -, que entraram em operação no sábado (5), seguem como estão.
Tarifas “recíprocas” de Trump não são o que parecem; entenda
Este conteúdo foi originalmente publicado em Recessão nos EUA deixa de ser cenário mais provável, diz Goldman Sachs no site CNN Brasil.