
O peruano Marcelino Abad Tolentino, conhecido como “Mashico”, completou 125 anos, segundo registros oficiais do país. A marca faz dele, aparentemente, o homem mais longevo do mundo. A informação foi divulgada neste domingo (6) pelo programa social Pensión 65.
Nascido em 1900 na comunidade de Cochachinche, no departamento de Huánuco, “Mashico” teve sua idade confirmada por meio de documentos oficiais, incluindo o Documento Nacional de Identidade (DNI), apresentado durante a comemoração. De acordo com o governo peruano, ele é hoje símbolo de “longevidade e resiliência”.
A celebração dos 125 anos aconteceu na casa de repouso “Mis Abuelitos”, em Huánuco, onde o idoso vive cercado por pessoas que cuidam de sua saúde e bem-estar. Segundo os responsáveis pelo programa social, a alimentação à base de frutas e verduras, hábito que Marcelino mantém desde jovem, seria um dos segredos para sua vitalidade.
O promotor social Misael Ayra, que atua na região de Huánuco, contou que “Mashico” foi encontrado em 2019 vivendo de forma isolada em uma área de floresta. Sem documentos, ele não tinha acesso a nenhum serviço público. Após ser localizado, o idoso passou por um processo de registro civil e foi incorporado ao Pensión 65, programa que oferece apoio a idosos em situação de vulnerabilidade.
A história de Marcelino ganhou repercussão em 2021, quando, em meio à pandemia de covid-19, ele recebeu a vacina em sua casa, localizada em um pequeno vilarejo dos Andes. Para chegar até o local, equipes de saúde precisaram caminhar cerca de três horas por trilhas montanhosas.
Em 2024, o Ministério de Desenvolvimento e Inclusão Social (Midis) do Peru informou que está realizando as tratativas para inscrever Marcelino Abad no Guinness World Records, a fim de oficializar sua condição de pessoa mais velha do mundo.
Até agosto do ano passado, a recordista mundial era a espanhola María Branyas, que morreu aos 117 anos. Or recorde absoluto, no entanto, pertence à francesa Jeanne Calment, que viveu até os 122 anos e 164 dias. Ela é seguida por Kane Tanaka, do Japão, Sara Knauss, dos Estados Unidos, e Lucile Randon, também da França.