Qual a idade ideal para crianças passarem a ser expostas a telas? Especialista explica riscos

Em uma era digitalizada, uma das principais preocupações dos pais é a quantidade de tempo que seus filhos devem passar em frente às telas. Com a popularização de dispositivos como celulares, tablets e computadores, a dúvida sobre a idade certa para a exposição das crianças a esses aparelhos surge logo nos primeiros anos de vida. As informações são da CNN.

Diversos especialistas alertam para os riscos de uma exposição excessiva desde os primeiros meses. O governo federal, por exemplo, recentemente lançou uma cartilha, intitulada “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”, que fornece orientações detalhadas.

Entre as principais recomendações estão:

  • Não expor crianças menores de 2 anos a telas, salvo para videochamadas com familiares.
  • Evitar que crianças antes dos 12 anos possuam um smartphone próprio.
  • Monitorar o uso de redes sociais de acordo com a Classificação Indicativa.
  • Acompanhamento familiar ou educacional é essencial para o uso de dispositivos eletrônicos por adolescentes (12 a 17 anos).
  • Estimular o uso de tecnologias para fins de acessibilidade, principalmente para crianças e adolescentes com deficiência.

Essas diretrizes complementam as recomendações da Caderneta da Criança do Ministério da Saúde, que sugere que crianças até 10 anos não devem fazer uso de televisão ou computadores e que é desaconselhável o uso de celulares antes dos 12 anos.

Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o uso de telas deve ser restrito de acordo com a faixa etária. Confira as orientações:

  • Menores de 2 anos: não devem ser expostos a telas.
  • Crianças de 2 a 5 anos: o uso deve ser limitado a uma hora por dia.
  • Crianças de 6 a 10 anos: podem usar até duas horas diárias.
  • Adolescentes de 11 a 18 anos: o tempo não deve ultrapassar três horas diárias.

Quais os riscos do uso excessivo de telas?

O uso excessivo de telas em idades precoces pode impactar negativamente o desenvolvimento infantil. Especialistas, como a pediatra e infectologista Silvia Fonseca, alertam para dificuldades no aprendizado, com crianças apresentando vocabulário reduzido e baixa habilidade para atividades criativas, como o desenho.

“Já tive pacientes de 5 anos que mal faziam bolinhas no desenho, enquanto outras, sem o uso de telas, conseguiam construir algo mais criativo e colorido”, explica a doutora Silvia.

Além dos problemas cognitivos, o uso excessivo de telas pode resultar em problemas de saúde, como dores nos olhos, cabeça e mãos. Também existem consequências psicológicas, como ansiedade, depressão e distúrbios de sono, que se intensificam em crianças mais novas.

O impacto do uso de telas no desenvolvimento das crianças é uma preocupação crescente, e os pais devem ficar atentos às orientações dos especialistas para garantir que seus filhos cresçam de forma saudável, com limites adequados ao uso de dispositivos tecnológicos.

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