Aliados da Ucrânia se reúnem em Paris para tratar ajuda e segurança

A França prometeu dois bilhões de euros em ajuda militar à Ucrânia, enquanto cerca de 30 líderes se encontraram com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Paris, nesta quinta-feira (27), para discutir como fortalecer a posição de Kiev e avaliar como como desempenhar um papel se um acordo de paz fosse fechado com a Rússia.

A terceira cúpula do que a França e a Grã-Bretanha chamaram de “coalizão dos dispostos” reúne pessoas como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o secretário-geral da OTAN Mark Rutte, o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o vice-presidente turco Cevdet Yılmaz.

Ela está ocorrendo depois que Zelensky concordou no início deste mês em prosseguir com as negociações de cessar-fogo para garantir a retomada da ajuda e do compartilhamento de inteligência dos EUA.

Mas a Rússia colocou demandas adicionais sobre a implementação de um acordo de cessar-fogo no Mar Negro e sobre metas de energia, e muitas nações europeias acreditam que um acordo de paz permanece distante.

“Primeiramente e acima de tudo (discutiremos) o apoio imediato à Ucrânia. Ele deve continuar porque é necessário manter a resistência”, declarou o presidente Emmanuel Macron a repórteres na quarta-feira (26) à noite em uma coletiva de imprensa com Zelensky.

Macron se comprometeu com mais 2 bilhões de euros em apoio militar francês, incluindo mísseis, aviões de guerra e equipamentos de defesa aérea. O líder ucraniano afirmou que outros parceiros podem anunciar pacotes de ajuda nesta quinta-feira (27).

O formato visa forjar um papel para a Europa em quaisquer negociações sobre o fim do conflito. Embora os Estados Unidos não estejam presentes, autoridades francesas dizem que o resultado da cúpula será compartilhado com a administração americana.

As discussões se concentrarão em como fortalecer Kiev militarmente para deter ataques futuros e como monitorar os acordos de cessar-fogo limitados sobre alvos marítimos e infraestrutura de energia, conforme discutido nas negociações lideradas por Washington esta semana na Arábia Saudita.

Os esforços europeus, liderados por Macron e Starmer, para criar arranjos de segurança para a Ucrânia estão mudando do envio de tropas para a consideração de alternativas, pois enfrentam restrições políticas e logísticas, e a perspectiva de a Rússia e os Estados Unidos se oporem aos seus planos, disseram autoridades à Reuters.

“O Primeiro-Ministro sublinhará que todos devem se unir para apoiar a Ucrânia a permanecer na luta e apoiar os esforços dos EUA para fazer progresso real, apesar da contínua ofuscação russa”, anunciou o gabinete de Starmer em uma declaração.

O planejamento até agora analisou toda a gama de capacidades militares europeias, incluindo aeronaves, tanques, tropas, inteligência e logística.

As discussões se concentraram no que as nações europeias podem contribuir para apoiar qualquer força futura, explicou.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Aliados da Ucrânia se reúnem em Paris para tratar ajuda e segurança no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.