Novo presidente do TRE-RJ cobra classe política sobre crime organizado

O desembargador Peterson Barroso Simão foi empossado presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) e cobrou a classe política sobre o crime organizado.

A cerimônia aconteceu na tarde desta quarta-feira (26), no Plenário Ministro Waldemar Zveiter, no Tribunal de Justiça do estado (TJ-RJ).

“Não podemos aceitar que o voto seja objeto de negócio ou de imposição de ordens ilegais. Queremos contar com exemplar comportamento daqueles que ascendem aos seus cargos por meio do voto livre, consciente, isento de injunções econômicas e de imposições, afastando para sempre a violência em ações de milicianos, traficantes de drogas e organizações criminosas, que oprimem pelo medo, afrontando o princípio da dignidade da pessoa humana e desvirtuando a finalidade de uma eleição pura”

Peterson Barroso Simão, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ)

O desembargador estará à frente das eleições em 2026 no estado e assume a presidência no lugar do desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, que foi eleito em 2023.

Pela Constituição Federal, apenas os membros titulares da Corte que ocupam as vagas destinadas aos desembargadores estaduais podem concorrer à presidência. Peterson Barroso Simão foi eleito por aclamação.

Na mesma solenidade, o desembargador Claudio de Mello Tavares tomou posse como membro do TRE-RJ e assumiu a Vice-Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral.

Desembargador Peterson Barroso Simão

O desembargador Peterson Barroso Simão formou-se em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Antes de entrar para a magistratura estadual, foi defensor público do estado do Rio de Janeiro por dez anos, além de presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Itaboraí de 1986 a 1987.

Como juiz de Direito, atuou nas comarcas de Petrópolis, Nilópolis, Cachoeiras de Macacu, Resende, Teresópolis e Niterói.

Por dois mandatos, foi presidente da primeira regional da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e fez parte, como membro, da diretoria da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). Também foi presidente do Instituto dos Magistrados do Brasil (IMB) e, durante a pandemia da Covid-19, estava como presidente do TJ-RJ.

Na Justiça Eleitoral, foi juiz titular das antigas zonas eleitorais 114ª e 142ª, atualmente 71ª ZE e 72ª ZE, ambas em Niterói. Autor de dois livros, o magistrado é membro da Academia Fluminense de Letras.

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