VEJA VÍDEO: Criança cola partes íntimas para não ser abusada pelo pai

Uma menina de 6 anos foi encontrada com os órgãos genitais colados em uma escola de Pouso Alegre, Minas Gerais. Questionada pela direção, a criança afirmou que agiu assim para evitar ser abusada pelo próprio pai. O caso, confirmado pelo Portal iG, levou à prisão de um homem de 41 anos, acusado de violentar sexualmente quatro crianças — incluindo seus filhos biológicos e enteados. A mãe das vítimas também é investigada por omissão.

De acordo com a delegada Renata Brizzi, responsável pelas investigações, os abusos ocorreram por pelo menos três anos. “Ela — a adolescente de 15 anos — também contou que eles sempre sofreram agressões físicas e todo o tipo de abusos sexuais”, revelou a autoridade em entrevista coletiva. A jovem teria denunciado os crimes à patroa ao começar a trabalhar como babá.

A empregadora acionou o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Conselho Tutelar, que repassaram o caso à Polícia Civil. A investigação, aberta oficialmente em março de 2023, resultou na prisão do suspeito quase um ano depois.

Brizzi destacou a gravidade do caso: “Como é um crime muito grave, cujas consequências criminais e sociais são muito gravosas para o investigado, tínhamos que adotar um critério de uma investigação minuciosa na tentativa de coletar o máximo de elementos informativos possível”.

Os abusos teriam começado em São Luís (MA), onde já havia denúncias contra o homem. Para fugir das autoridades, ele se mudou para Pouso Alegre, seguido posteriormente pela companheira e os dois filhos menores. As enteadas, que ficaram no Maranhão com parentes, também teriam sido vítimas antes de se reunirem com a família em Minas Gerais.

Mãe é acusada de conivência

Em dezembro, a polícia pediu a prisão preventiva do casal, mas a Justiça autorizou apenas a detenção do homem. A decisão considerou que a mulher não participou diretamente dos abusos e já não tinha a guarda das crianças — encaminhadas a um abrigo. No entanto, ela responde por conivência.

“Há provas de que ela foi partícipe, conivente, porque sabia e não fez nada, não tomou providência. Levou com naturalidade os abusos sexuais sofridos por seus filhos, porém ela é também vítima de uma violência doméstica”, afirmou Brizzi.

Novo abuso após fuga do suspeito

As crianças foram inicialmente levadas a um abrigo, mas retornaram à mãe após o suspeito fugir. No fim de 2023, porém, a mulher teria levado uma das adolescentes para encontrar o padrasto em Congonhal (MG), onde um novo abuso ocorreu. Após o episódio, os menores foram novamente acolhidos pelo abrigo.

O caso continua sob investigação, e as vítimas recebem acompanhamento psicossocial.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Silvye Alves (@silvyealves)

Adicionar aos favoritos o Link permanente.