Homem que vendia armas e munição pelas redes sociais é preso em Guarapari


Segundo polícia, Izamar Pinheiro de Souza fazia questão de mostrar o rosto em fotos para passar credibilidade aos clientes. Estoque de armas não foi encontrado. Homem é preso em Guarapari suspeito de vender armas e munição pela internet
Um homem de 39 anos que vendia armas e munição pelas redes sociais foi preso em Guarapari. Izamar Pinheiro de Souza fazia questão de mostrar o rosto, conforme identificado em fotos que a polícia encontrou. Segundo o suspeito, a prática ajudava a passar credibilidade para os clientes.
As informações foram divulgadas pela polícia nesta sexta-feira (21), e a prisão aconteceu na última terça (18), no bairro Muquiçaba.
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As investigações começaram após a polícia receber denúncias anônimas. Segundo o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, responsável pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), as armas eram vendidas pela internet, em grupos de Whatsapp e Instagram.
“Ele externou que precisava se exibir, falou que no mercado dele há muitas pessoas desonestas, que anunciam vendas de armas sem tê-las à disposição”, contou o delegado.
Homem que vendia armas nas redes sociais é preso em Guarapari, no Espírito Santo.
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Polícia não encontrou estoque de armas
Após a identificação de Izamar, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência dele, mas, não havia nenhuma arma no local. Entretanto, foram encontrados celulares que continham imagens e diálogos que comprovavam a comercialização dos itens.
O homem confessou que vendia o armamento pela internet mas não revelou onde esconde o arsenal.
“Ele disse que a gente nunca ia achar armas em poder dele, a menos que tivéssemos a sorte de encontrá-lo em uma pequena janela de oportunidade na qual ele estivesse com algo em casa para fotografar e anunciar”, falou Rodrigues.
Homem que vendia armas e munição pelas redes sociais é preso em Guarapari, Espírito Santo. Polícia encontrou espingarda de fabricação caseira e munição na casa do suspeito.
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Nesse primeiro momento, a polícia não realizou a prisão, pois Izamar não tinha antecedentes criminais e o crime de comércio ilegal de armas de fogo, embora seja grave, não é violento.
Mas, nesta terça-feira (18), em nova busca, foi encontrada uma espingarda calibre 12 que Izamar havia acabado de fabricar e outros acessórios para armas industriais. O homem foi então preso em flagrante e, com base nas novas provas, a Justiça converteu a prisão para preventiva.
Armas de loja fechada
Durante as investigações, a perícia da Polícia Científica conseguiu identificar o número de série de uma pistola anunciada na internet por Izamar e foi constatado que ela faz parte do estoque de uma loja que está há anos fechada.
“A arma faz parte do estoque de uma loja de armas que ficava em Vitória, fechada há pelo menos dez anos pelo Exército Brasileiro por irregularidades no comércio do armazenamento”.
Uma das fotos publicadas por homem que vendia armas e munição permitiu que a polícia identificasse o número de registro. Suspeito foi preso em Guarapari, no Espírito Santo.
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Coube à Desarme a identificação e o rastreio do número de registro.
“A partir da identificação do número, a Desarme realizou consultas e constatou que essa arma, em teoria, está ainda no estoque de uma loja, não foi vendida de forma lícita para ninguém. Então, nós intensificamos as diligências e identificamos que essa loja, ainda possui formalmente em estoque 240 armas de fogo”.
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Homem que vendia armas e munição pelas redes sociais fazia questão de mostrar o rosto em fotos. Ele foi preso em Guarapari, Espírito Santo.
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A polícia identificou e ouviu o lojista, dono da loja já fechada, que narrou que não saber para onde foram vendidas.
“Ele disse não saber para onde foram e também disse que não tem nenhuma das armas. Então, passamos a analisar uma por uma e vimos que além daquela que [estava com Izamar], algumas outras já foram apreendidas em poder de criminosos, traficantes e assassinos que foram presos e tiveram as armas apreendidas”, afirmou o delegado.
A investigação segue em andamento para apurar a responsabilidade do lojista, que segue em liberdade, mas deverá responder pelo crime de comércio ilegal de armas de fogo. Além disso, a polícia tem como objetivo localizar o arsenal anunciado.
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