Em meio a impasse sobre guerra na Ucrânia, países da Europa aprovam projetos para se rearmarem


Não há debate mais forte hoje entre os países europeus do que a possibilidade de rearmar um continente que, depois de duas grandes guerras, tinha decidido abrir mão das armas. Em meio a impasse sobre cessar-fogo da Ucrânia, Europa aprova projetos para se rearmar
A Rússia voltou, nesta sexta-feira (21), a atacar alvos civis na Ucrânia. E diante das incertezas sobre um cessar-fogo, outros países estão aumentando os gastos com o rearmamento.
Não há debate mais forte hoje entre os países europeus do que a possibilidade de rearmar um continente que, depois de duas grandes guerras, tinha decidido abrir mão das armas. Durante quase 80 anos, após a derrota nazista, a Alemanha ficou sob a proteção da Otan.
A União Europeia nasceu e se desenvolveu também com essa perspectiva: um grande mercado único. Mas, a guerra na Ucrânia e a possibilidade da aliança entre os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos estão mudando as cartas na mesa. E os países europeus pensam agora na defesa única.
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Nesta sexta-feira (21), a Câmara Alta do Parlamento alemão aprovou gastos de 500 bilhões de euros para estimular o crescimento da maior economia europeia e para investir nas Forças Armadas. Também permitiu que o governo alemão faça dívidas para financiar gastos com defesa.
Os líderes concordam que o bloco deve se tornar capaz de se defender até 2030 de um eventual ataque russo porque os Estados Unidos, que garantiam a segurança do velho continente desde o fim da Segunda Guerra, podem não estar mais interessados nisso.
Em meio a impasse sobre guerra na Ucrânia, países da Europa aprovam projetos para se rearmarem
Jornal Nacional/ Reprodução
Às voltas com uma tentativa de trégua entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente americano continua dizendo que Vladimir Putin quer a paz. Mas o presidente russo segue bombardeando sem piedade casas, civis e infraestrutura do território ucraniano. Na noite de quinta-feira (19), um forte ataque a Odessa usou novas táticas, com drones em alta velocidade e em várias ondas para dificultar as defesas aéreas da Ucrânia. Civis ficaram feridos.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, disse que Putin só vai temer uma Europa armada e unida:
“É o método mais eficaz para se evitar uma guerra”, disse o premiê polonês.
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