Alto Tietê ganha mais de 260 mil veículos em dez anos, e frota se aproxima de 1 milhão


Em dez anos, frota na região registrou aumento de 38,9%. Com 295 mil unidades, Mogi das Cruzes é a cidade com a maior frota. Paulo Castillo, arquiteto e urbanista, afirma que uso da tecnologia é uma ferramenta para lidar com o aumento constante de veículos. Trânsito ficou congestinado no sentido Centro na Avenida João XXIII
Reprodução/ TV Diário
A frota de veículos nas cidades do Alto Tietê cresceu 38,9% em dez anos, de acordo com levantamento do g1 com base em dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O número saltou de 672.518 em 2015 para 934.134 em 2024. Ou seja, a região ganhou 261.616 veículos nesse período.
Os dados indicam que a quantidade atual de veículos na região se aproxima do milhão.
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Nos 12 meses de 2024, 38.045 foram emplacados nas cidades da região, o que corresponde a uma média de 104 novos veículos por dia.
Ainda de acordo com o levantamento:
🚗 Os automóveis correspondem a maior parte dos veículos emplacados na região, com 598.006 unidades (64%);
🏍 Já a frota de motos chegou a 140.050 em todo o Alto Tietê, ou 14,1% do total de veículos.

Em números absolutos, Mogi das Cruzes é o município com a maior frota, com 295.027 emplacamentos, seguido de Suzano, com 172.827, e de Itaquaquecetuba, com 164.022. Por outro lado, Salesópolis é a cidade com o menor número de veículos, com 13.005 unidades.
Considerando o resultado do Censo 2022 do IBGE e os dados do Senatran, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos são os municípios com as maiores médias de um veículo por habitante na região: 2,25 e 2,13, respectivamente. Salesópolis, com 1,16, é o município com a menor média.
Quantidade de carros por habitante no Alto Tietê
Impacto na mobilidade urbana
De acordo com o arquiteto e urbanista Paulo Roberto Castillo, se não há um planejamento, projetos e medidas que visem amenizar o impacto do aumento da frota de veículos nas cidades, a tendência é haver um trânsito cada vez mais caótico.
“Um dos estudos que poderiam amenizar este impacto seria investir pesado em transporte público, mais oferta, pontualidade, conforto e tarifas dentro da nossa realidade econômica. nesse quesito, as prefeituras têm toda responsabilidade em planejar este modal de deslocamento. A abertura de novas vias, quando bem planejadas, amenizam por um período os congestionamentos e lentidões. Mas não é uma solução definitiva, isto porque acaba incentivando o uso do transporte individual, e desta maneira inevitavelmente estas novas vias irão congestionar, sugere Castillo.
Além de apresentar alternativas, o arquiteto e urbanista acredita que a tecnologia tem um papel muito importante e essencial para lidar com o aumento constante de veículos.
“Sistemas de monitoramento por imagens. Equipamentos de controle com comandos remotos. Equipamentos, materiais e mão de obra suficientes para desobstruir e operacionalizar o trânsito o mais rápido possível após uma ocorrência. Estas e várias outras medidas dependem única e exclusivamente de uma política de mobilidade urbana que as prefeituras precisam elaborar e pôr em prática. Daí a importância das prefeituras”, finaliza.
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