EUA declaram embaixador da África do Sul como persona non grata

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou Ebrahim Rasool, embaixador da África do Sul nos EUA, será classificado como persona non grata, chamando o diplomata de “político incitador de racismo” que “odeia a América e o presidente Donald Trump”.

“O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo em nosso grande país”, escreveu Rubio em uma publicação no X. “Não temos nada a discutir com ele e, portanto, ele é considerado PERSONA NON GRATA.”

Rasool apresentou suas credenciais ao ex-presidente Joe Biden em 13 de janeiro, marcando o início do mandato do enviado, de acordo com o site da embaixada sul-africana, que disse que esta foi a segunda passagem de Rasool em Washington.

O Departamento de Estado dos EUA e a embaixada da África do Sul em Washington não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

Os laços entre os Estados Unidos e a África do Sul se deterioraram desde que Trump cortou a ajuda financeira dos EUA ao país, citando a desaprovação de sua política de terras e de seu caso de genocídio na Corte Internacional de Justiça contra o aliado de Washington, Israel.

Trump disse, sem citar evidências, que “a África do Sul está confiscando terras” e que “certas classes de pessoas” estão sendo tratadas “muito mal”.

O bilionário Elon Musk, que é próximo de Trump, disse que os sul-africanos brancos têm sido vítimas de “leis racistas de propriedade”.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, sancionou um projeto de lei em janeiro com o objetivo de tornar mais fácil para o Estado desapropriar terras no interesse público, em alguns casos sem compensar o proprietário. Ele defendeu a política e disse que o governo não confiscou nenhuma terra. A política tinha como objetivo nivelar as disparidades raciais na propriedade de terras na nação de maioria negra, disse ele.

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