Conab recebe R$ 350 milhões para estoques reguladores

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) receberá R$ 350 milhões para fortalecer a formação de estoques reguladores de alimentos no Brasil.

A verba total destinada a este propósito pode alcançar R$ 539 milhões, conforme informado por Edegar Pretto, presidente da instituição.

Pretto destaca que a safra 2023/2024 deve ser histórica, com uma previsão inicial de 325,7 milhões de toneladas de grãos, número que pode ser ainda maior conforme o sexto levantamento a ser divulgado.

Este cenário contrasta com a safra anterior, que, apesar de ter sido a maior até então, registrou a menor área plantada de arroz e feijão dos últimos 47 anos.

Retomada de políticas públicas para produção de alimentos

O presidente da Conab enfatiza a importância da retomada de políticas públicas voltadas para a produção de alimentos.

“Agora, voltou o plano safra da agricultura familiar, voltou o MDA, voltou o juros subsidiado para quem optar em produzir alimento”, afirma Pretto, ressaltando que estas medidas têm contribuído para um aumento na área plantada e na produção de alimentos básicos como arroz, feijão e hortifrutigranjeiros.

A estratégia da Conab é aproveitar esta supersafra para garantir o abastecimento interno e formar estoques reguladores.

Pretto explica: “Nós vamos aproveitar esta super safra especialmente para o nosso consumo interno e estamos reservando uma parte ainda pequena de orçamento para que a gente possa ter pelo menos um estoque de arroz, de feijão, de milho”.

Programa de Venda Balcão (ProVB)

Pretto também menciona o Programa de Venda Balcão (ProVB), uma iniciativa da Conab que visa equilibrar os preços no mercado.

“A gente compra o milho do agricultor quando está com preço baixo, alcança a mão amiga do governo federal para quem produz, estoca, quando o preço sobe para os criadores, a gente coloca esse milho no mercado e a possibilidade de equilibrar os preços para os consumidores”, explica.

O presidente da Conab ressalta que para a formação de estoques públicos são necessárias duas condições básicas: ter onde guardar e ter o que comprar.

Ele cita como exemplo a compra de 346 mil toneladas de milho na safra anterior, quando o preço estava abaixo do mínimo estabelecido, e a disponibilização de recursos para a compra de trigo no início deste ano.

Pretto conclui afirmando que a formação de estoques reguladores não deve ser uma medida intervencionista, mas sim uma ação que equilibre o mercado e ofereça suporte aos produtores.

“Nós vamos fazer estoques públicos e será disponibilizado o recurso necessário, obviamente olhando essas variáveis, não pode ser medida intervencionista, tem que ser medida que equilibre o mercado, que o produtor sinta a mão amiga do Governo Federal“, finaliza.

Entenda as medidas do governo para baratear alimentos

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