Justiça decreta quebra de sigilo de serviços eletrônicos para descobrir quem estava em festa na qual adolescente morreu no interior de SP


Giovana Pereira Caetano de Almeida, que tinha 16 anos, morreu em São José do Rio Preto (SP). Em seguida, o corpo foi enterrado em um sítio de Nova Granada (SP). Giovana Pereira Caetano de Almeida de 16 anos que foi encontrada morta enterrada em um propriedade rural em Nova Granada (SP)
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A Justiça decretou a quebra de sigilo telemático para descobrir quem estava na festa em que Giovana Pereira Caetano de Almeida, que tinha 16 anos, morreu em São José do Rio Preto (SP). Em seguida, o corpo dela foi enterrado em um sítio de Nova Granada (SP).
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O recurso vai auxiliar a Polícia Civil, que tem em mãos uma relação com números de telefones identificados por três torres de telefonia instaladas na região da empresa de Gleison Luís Menegildo, apontado como suspeito de envolvimento na morte da adolescente. O rastreamento dos telefones ocorreu por meio de um sistema de geolocalização.
Propriedade rural em Nova Granada (SP) onde a vítima foi encontrada morta
Arquivo pessoal
Além disso, com quebra de sigilo, a policia consegue saber com quem o empresário falou e quais foram as ligações efetuadas ou recebidas pela vítima. Mensagens trocadas por meio de aplicativos de conversa ou de relacionamento também serão analisadas durante as investigações.
À TV TEM, o delegado André Amorim, que atualmente é o responsável pelas investigações, disse que já recebeu alguns laudos, mas não pôde passar muitas informações porque o processo está em segredo de justiça.
Ainda segundo Amorim, recentemente, a polícia começou a ouvir o depoimento de novas testemunhas, pessoas que estavam na empresa no dia da morte de Giovana, e pessoas que tinham alguma relação com os suspeitos.
No dia 15 de fevereiro, o corpo da adolescente foi enterrado em Votuporanga (SP) , seis meses depois de ser localizado no sítio em Nova Granada e quatro meses após ter sido liberado pela equipe pericial para a realização do sepultamento. Ao g1, o advogado da família explicou que o corpo ficou em câmara fria porque a mãe tinha intenção de cremá-lo, situação que não ocorreu.
O caseiro do sítio, Cleber Danilo Partezani, também é um dos investigados. A suspeita da polícia é de que a vítima tenha consumido entorpecentes antes da morte. (entenda abaixo)
Desaparecimento e localização da vítima
Giovana estava desaparecida desde dezembro de 2023. O corpo dela foi encontrado no dia 28 de agosto de 2024.
O caso veio à tona após a polícia receber a informação de que um corpo havia sido enterrado em uma propriedade rural. Policiais foram ao local e encontraram a ossada.
O empresário Gleison Luís Menegildo, dono do sítio, e o caseiro do imóvel, Cleber Danilo Partezani, chegaram a confessar que enterraram o corpo, mas negaram o assassinato. Eles foram presos por ocultação de cadáver, porém, soltos depois do pagamento de uma fiança de R$ 22 mil.
Segundo o primeiro relato de Gleison à polícia, Giovana, que era de São José do Rio Preto , foi até a empresa dele para uma entrevista de estágio. Em determinado momento, de acordo com a versão do suspeito, eles passaram a consumir cocaína.
A princípio, a polícia também informou que o empresário e o caseiro afirmaram que tiveram relações sexuais com a vítima.
Ainda conforme a versão dada pelos suspeitos à polícia, após a adolescente ter ficado sozinha em uma sala, ela teria tido um mal súbito e eles a teriam encontrado já morta. Os dois, então, teriam colocado o corpo em uma caminhonete e o levado até o sítio para enterrá-lo.
Após os dois terem falado com a polícia e dado suas versões, no entanto, a defesa deles negou, por meio de nota, que tenha havido relação sexual com a garota. Também negou que eles a tenham matado e informou que o “laudo necroscópico irá confirmar que ela morreu de overdose”. A defesa não comentou sobre a ocultação do corpo.
Inicialmente, conforme a polícia, o dono da empresa informou não saber a identificação da vítima, mas, com a ajuda dos funcionários, ele encontrou um documento semelhante a um currículo que continha os dados da adolescente.
Corpo de Giovana de Almeida foi achado enterrado em sítio no interior de SP
Arquivo pessoal
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