Caso Vitória: Por que polícia acredita que morte foi vingança? Entenda

morte de Vitória Regina de Sousa, em Cajamar (SP), está sendo investigada como um possível crime de vingança, segundo a polícia. O corpo da jovem de 17 anos foi encontrado na última quarta-feira (5).

A jovem de 17 anos foi encontrada com sinais de agressão, e a possível relação do crime com uma facção criminosa, como o PCC, é apurada. Contradições no depoimento do ex-namorado também reforçam a linha de investigação.

O corpo de Vitória apresentava sinais de violência. A polícia suspeita de envolvimento de facção criminosa devido à crueldade do crime. Ferimentos encontrados no corpo da jovem seriam compatíveis com agressões de criminosos.

A polícia afirma ter evidências da participação do ex-namorado de Vitória no crime. O delegado Aldo Galiano Junior declarou possuir prova contundente da presença do ex-namorado próximo ao local do crime. Inconsistências no depoimento de Gustavo, como a contradição sobre o empréstimo do veículo a um amigo, foram apontadas. O advogado da família também confirmou as inconsistências.

O delegado afirmou que o ex-namorado, Gustavo Vinícius, procurou a polícia por medo de ser morto por outros suspeitos. Apesar da principal linha de investigação ser a vingança, todas as possibilidades continuam sendo consideradas, segundo o delegado Fábio Lopes Cenachi.

Corpo foi encontrado com cabelo raspado e quase decapitado

O corpo da jovem Vitória Regina de Sousa foi encontrado com o cabelo cortado, despido, quase sem cabeça e com o sutiã preso ao pescoço. De acordo com a Polícia Civil, a maneira como a jovem foi assassinada sugere um ato de vingança. O corpo da vítima foi encontrado em decomposição em uma área de mata.

De acordo com o delegado, Vitória provavelmente não foi morta no local do crime. A polícia estima que a jovem já estivesse morta há quatro ou cinco dias quando o corpo foi encontrado.

“Uma pessoa normal, por pior que seja, não teria estômago para fazer o que fizeram”, comentou o delegado quando questionado sobre o estado em que Vitória foi encontrada.

Segundo o delegado, além do cabelo raspado, a jovem estava sem roupas, com diversas lesões pelo corpo e com um corte tão profundo no pescoço que configura quase uma decapitação completa.

A investigação apontou, nesta quinta-feira (6), a existência de 7 suspeitos que podem estar envolvidos no crime. Todos eles se conheciam, conforme a polícia. Os suspeitos são: 

  • Gustavo Vinicius, ex-namorado de Vitória
  • Um homem chamado Maycon, dono de um Toytota Corolla que emprestou o veículo para Gustavo Vinicius, ex-namorado de Vitória
  • Dois homens que seguiram Vitória quando ela saiu do shopping e foi para um ponto de ônibus
  • Dois homens que entram no ônibus atrás de Vitória
  • O motorista que estava no Toytota Corolla com Gustavo, ex-namorado de Vitória

Relembre o caso

O desaparecimento e a trágica morte de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos comoveu os moradores de Cajamar (SP). A história teve início em 26 de fevereiro, quando Vitória, após um dia de trabalho em um shopping local, pegou o ônibus de volta para casa.

Naquela noite, Vitória compartilhou mensagens de texto com uma amiga, expressando o medo que sentia ao perceber que estava sendo seguida por dois homens. Testemunhas relataram ter visto um carro com quatro homens seguindo a jovem depois que ela desceu do ônibus.

Após seu desaparecimento, a cidade se uniu em buscas incessantes. A polícia e os familiares, apoiados por diversos agentes, cães farejadores e drones, procuraram por Vitória em todos os cantos da região.

A angústia chegou ao fim em 5 de março, quando o corpo de Vitória foi encontrado em uma área de mata em Cajamar. O corpo da jovem estava em estado avançado de decomposição e apresentava sinais de violência. Um policial que estava no local das buscas informou que o corpo da vítima foi bastante violentado. A jovem estava com a cabeça raspada e sem as roupas.

A Delegacia de Polícia de Cajamar assumiu a responsabilidade pela investigação, trabalhando com diversas hipóteses para o crime. Mais de 11 testemunhas foram ouvidas e dois veículos foram apreendidos para perícia. A principal linha de investigação é que a morte de Vitória foi por vingança.

Entre os suspeitos, o nome de Gustavo Vinicius, ex-namorado de Vitória, ganhou destaque. Ele chegou a prestar depoimento na delegacia, mas foi liberado após a justiça negar o pedido de prisão temporária feito pela equipe de investigação. Segundo o delegado, o ex-namorado foi à delegacia por medo de ser morto pelos outros suspeitos.

O corpo de Vitória foi velado e enterrado sob forte comoção de parentes, amigos e moradores da cidade. Gritos de “justiça” foram entoados durante o sepultamento.

Veja imagens do velório de Vitória

Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Vitória: Por que polícia acredita que morte foi vingança? Entenda no site CNN Brasil.

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