À CNN, a diretora da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Vilma da Conceição Pinto, afirmou que o governo federal está cometendo erros significativos na elaboração dos orçamentos de 2024 e 2025, especialmente no que diz respeito aos gastos com a previdência social.
A especialista aponta uma subestimação considerável das despesas previdenciárias.
De acordo com Vilma, a análise da IFI identificou uma divergência de aproximadamente R$ 23 bilhões entre as projeções do governo e as estimativas realizadas pela instituição para os gastos com previdência social.
Este cenário reflete uma “tendência preocupante” de subestimação das despesas e superestimação das receitas nos planejamentos orçamentários.
Impacto nas revisões orçamentárias
A diretora ressalta que essa discrepância não é um caso isolado. O orçamento de 2024 já apresentava despesas previdenciárias subestimadas, o que tem resultado em revisões constantes e para cima nas projeções de gastos com benefícios previdenciários.
Essas revisões são realizadas bimestralmente pelo governo, evidenciando a persistência do problema.
“O que a gente tem observado ao longo das revisões que o governo tem que fazer bimestralmente, é que isso tem gerado a revisão sempre para cima das despesas com benefícios previdenciários”, explica Vilma.
A repetição desse padrão no orçamento de 2025 levanta questionamentos sobre a precisão e confiabilidade das projeções governamentais, tanto no aspecto das receitas quanto das despesas.
Essa situação pode comprometer a eficácia do planejamento fiscal e orçamentário do país, exigindo ajustes frequentes e potencialmente impactando a execução de políticas públicas e investimentos.
A constatação da IFI reforça a necessidade de uma abordagem mais rigorosa e realista na elaboração dos orçamentos federais, especialmente em áreas críticas como a previdência social, que representa uma parcela significativa dos gastos públicos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Orçamentos de 2024 e 2025 do governo subestimam gastos com a Previdência, diz diretora da IFI no site CNN Brasil.