Número de adultos com mais de 50 anos que buscam intercâmbios aumenta 20%, aponta associação


Índice é da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta). Pessoas buscam experiências de aprendizagem, melhorar o idioma ou, até mesmo, reviver um sonho deixado no passado. Público adulto aposta em intercâmbio para aprimorar a fluência em outras línguas
Estudar no exterior já não é mais exclusivo para jovens. Cada vez mais, pessoas acima dos 50 anos estão buscando se aperfeiçoar fora do país para experiências de aprendizagem, melhorar o idioma ou, até mesmo, reviver um sonho deixado no passado.
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Um exemplo disso é a empresária Érica Ramos, que, para celebrar os 50 anos de vida e os 20 anos de empresa, decidiu embarcar em uma nova experiência fora do país.
Érica Ramos decidiu embarcar em uma nova experiência fora do país
Reprodução/TV TEM
“Eu já tinha esse desejo de fazer intercâmbio há muito tempo, de quando eu ainda era jovem e queria ter feito, porém eu não tinha condições financeiras. Aí, fui guardando na gaveta. Aí, você fica mais madura, mais velha e você começa a perceber que deixou alguns sonhos de lado. Resolvi tirar ele da gaveta”, conta.
Érica não está sozinha. De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), o número de pessoas com mais de 50 anos e que querem se aventurar fora do país aumentou 20% em 2024. Atualmente, esse público ocupa a 7ª posição entre os grupos que mais optam por estudar fora.
Em Jundiaí (SP), uma agência especializada em atender esse público tem notado o crescimento na procura. A gerente da agência, Erli Moraes, comenta que o público sênior percebeu que nunca é tarde para realizar um sonho.
“É um sonho que sempre teve e que foi deixado de lado para investir na carreira, nos filhos, na casa, e, aí, não sobrava tempo e recursos para si próprio. Agora que os filhos cresceram e se tornaram independentes, essas pessoas voltaram a viver o sonho de estudar fora”, explica.
Segundo a gerente da agência, entre os destinos mais procurados estão países da Europa, além dos tradicionais Estados Unidos e Canadá.
Tiago Hadd, dono de uma agência em Jundiaí, também explica que há perfis para quem busca se aventurar no exterior.
“Um perfil que aparece muito é aquele que está acostumado a fazer turismo, mas que sente dificuldade em entender o idioma do país. Então, eles querem aprimorar o idioma para conseguir ter facilidade para fazer turismo, e são intercambistas de curtos períodos, de um a dois meses. Um outro perfil é aquele que quer mudar de vida, e que, quando jovem, não conseguiu e que agora quer aprimorar os conhecimentos”, conclui.
Antes mesmo de viajar, Érica diz que já planeja novos desafios para o próximo ano, mas que está entusiasmada com a primeira aventura: “Você vivenciar outra cultura, você conhecer pessoas do mundo todo, é óbvio que você aprimora o inglês, conhecer um lugar maravilhoso, e quero fazer o outro”, completa.
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