Rússia está revisando doutrina nuclear após “ações do Ocidente”, diz mídia estatal

A Rússia está ajustando seus protocolos para o uso de armas nucleares tendo em vista o crescente apoio ocidental à Ucrânia, informou a agência estatal russa TASS no domingo (1°), citando Sergei Ryabkov, ministro do governo russo.

Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores do país, disse à TASS que a Rússia está em “estágios avançados” de trabalho para revisar um documento-chave que descreve os “parâmetros e condições” para o uso de seu arsenal nuclear.

De acordo com o documento atual, a partir de 2020, a Rússia tem luz verde para usar armas nucleares se um inimigo “usar tais armas ou outras armas de destruição em massa” contra a Rússia ou se for lançado um ataque inimigo que “ameace a própria existência do Estado”.

Ryabkov explicou que a decisão foi tomada após analisar “conflitos recentes” e “ações do Ocidente” em relação à guerra na Ucrânia.

Ucrânia quer atacar alvos na Rússia

A Ucrânia tem pressionado fortemente nas últimas semanas para que os Estados Unidos e seus aliados autorizem o uso de armas de longo alcance para atingir alvos dentro da Rússia.

A Rússia possui atualmente o maior arsenal de ogivas nucleares do mundo. O país também é um dos cinco signatários iniciais do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que visa prevenir a propagação e o uso de armas nucleares em todo o mundo.

Em junho, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou as potências ocidentais para não encararem “levianamente” as capacidades nucleares do Kremlin.

Em reunião com editores-chefes de agências de notícias internacionais, Putin disse que o Ocidente estaria errado se presumisse que a Rússia não utilizaria as suas armas nucleares.

“Se as ações de alguém ameaçarem a nossa soberania e integridade territorial, nos reservamo o direito de empregar todos os meios disponíveis em resposta”, advertiu Putin.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Rússia está revisando doutrina nuclear após “ações do Ocidente”, diz mídia estatal no site CNN Brasil.

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