Maior serial killer de Maceió confessa crime bizarro; saiba mais

A Justiça de Alagoas suspendeu o julgamento de Antônio Guilherme dos Santos, que seria submetido a júri popular no dia 6 de março, acusado de assassinar Genilda Maria da Conceição, de 75 anos, em 2019. A decisão foi tomada após Albino Santos de Lima, considerado o maior serial killer da história do estado, confessar o crime.

O caso ocorreu na manhã de 6 de setembro de 2019, no bairro de Chã da Jaqueira, em Maceió. A vítima foi atacada enquanto levava o neto de 10 anos para a escola. O menino testemunhou o assassinato e descreveu o agressor, cuja aparência coincidia com o retrato falado feito pela polícia. A investigação apontou que Genilda havia denunciado a presença de usuários de drogas perto de sua casa, o que pode ter motivado o crime.

A reviravolta aconteceu quando a polícia encontrou no celular de Albino fotos do assassinato tiradas no dia do crime. Confrontado com as evidências, ele admitiu a autoria do homicídio. Seu advogado, Geoberto Bernardo, declarou que Albino justificou o ato como um suposto “ato de justiça”, acusando a idosa de envolvimento com o tráfico. Entretanto, a polícia descartou essa versão e reforçou que o criminoso agia por obsessão e perseguição.

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Diante dos novos fatos, o Poder Judiciário encaminhou o processo ao Ministério Público para revisão. “Diante dos fatos que foram apurados, determino a imediata remessa dos autos ao Ministério Público para que, no prazo de cinco dias, manifeste-se quanto à eventual superveniente perda da prova em relação aos indícios de autoria e a eventual possibilidade de despronúncia do réu”, diz a publicação oficial no Diário da Justiça Eletrônico.

Albino Santos de Lima, de 42 anos, é ex-policial penal e já foi responsabilizado por pelo menos 10 homicídios – sete mulheres e três homens. Ele foi preso em 17 de setembro, após matar Ana Beatriz, de 13 anos. Sua prática criminosa incluía fotografar-se ao lado das lápides de suas vítimas, o que ajudou os investigadores a conectá-lo a outros assassinatos. A polícia continua apurando sua possível ligação com novos crimes.

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