O alinhamento entre engenheiros e o poder público; a novela da Marina e outras notas

Alinhamento entre engenheiros e poder público

A relação entre engenharia e política é fundamental para o desenvolvimento das cidades e a qualidade de vida da população. Essa conexão ficou evidente durante a reunião-almoço da Associação dos Conselhos Profissionais de Santa Catarina (ASCOP), onde o presidente da entidade e do CREA-SC, engenheiro Kita Xavier, recebeu o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), para um diálogo sobre gestão e crescimento sustentável. O encontro foi marcado pela troca de ideias e projetos, destacando como uma administração eficiente pode impulsionar infraestrutura, inovação e bem-estar social. Afinal, quando engenharia e política atuam em sinergia, o futuro se constrói com eficiência e progresso.

O encontro da ASCOP reuniu representantes de diversas categorias para debater o papel das profissões regulamentadas no desenvolvimento da cidade. Topázio, que é presidente da Federação dos Municípios (Fecam), destacou a importância da parceria com os Conselhos Profissionais para fortalecer a gestão pública. “Florianópolis avança com inovação, planejamento e diálogo. Investimos em infraestrutura, mobilidade e tecnologia para melhorar a vida das pessoas. A colaboração com os Conselhos agrega conhecimento técnico e torna a administração mais eficiente”, afirmou.

Forças do atraso

Impressionante essa decisão da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que suspendeu o licenciamento do Parque Urbano e Marina da Beira-Mar Norte, condicionando-o a uma nova manifestação do Ibama. Impressionante acima de tudo porque vem depois de praticamente 90% dos procedimentos burocráticos em torno da obra já terem sido superados.

Todo o projeto já está pronto, a licitação foi aprovada no Tribunal de Contas, o vencedor conhecido, o contrato foi assinado, e o pedido de licença ambiental já teve ingresso no IMA há muito tempo.

Agora, aos 45 minutos do segundo tempo tentam parar o projeto. E fazem isso mesmo sabendo que o licenciamento do empreendimento seguiu os trâmites legais e está sob a competência do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), conforme reconhecido em diversas manifestações da Prefeitura de Florianópolis e do próprio Ibama.

A cidade de costas para o mar

Diante do novo empecilho para a implantação da tão sonhada Parque e Marina da Beira Mar, as entidades representativas da Capital resolveram se manifestar. “A entidade defende a necessidade de esforço das autoridades para que o empreendimento seja entregue à população no menor tempo possível. A ACIF reforça ainda seu apoio à Prefeitura de Florianópolis na adoção de medidas cabíveis para reverter a decisão judicial, garantindo previsibilidade e segurança jurídica para projetos estratégicos que geram benefícios ambientais, econômicos e sociais para a capital catarinense”, disse em nota oficial a Acif. O Floripa Amanhã, que representa 46 entidades, também emitiu nota oficial no mesmo sentido.

Só Notas Oficiais não resolvem

Mas, solitárias notas oficiais não resolvem a questão. Os representantes de tais entidades precisam deixar seus notebooks em seus ares-condicionados e se dirigirem para ambientes mais quentes da guerra, porque é uma guerra. A cidade precisa se mobilizar e deixar muito claro que o Parque Marina é uma prioridade. Esse atraso em relação a vida marítima só vai acabar quando quem joga pelo atraso sentir o jogo virando. E esse jogo deve ser jogado em todas as instâncias e o prefeito Topázio Neto precisa ter todo o apoio para encampá-lo. Do contrário, Florianópolis continuará eternamente presa em sua sina de ser a Capital de costas para o mar.

Vouchers para a Ilha do Campeche

O vereador Mama (União) está intrigado com a forma como é feito o cadastro de embarcações para acesso na Ilha do Campeche que, segundo ele, está excluindo os pescadores que poderiam ter na atividade uma segunda renda. Ele explica que com a alteração, que agora é de forma online, os vouchers estão esgotando em segundos, impossibilitando os pescadores, que executam outras atividades, de conseguir os ingressos.

 Para o vereador, os passeios para a Ilha poderiam servir como uma alternativa financeira aos pescadores, especialmente nesta época do ano quando a atividade pesqueira está em baixa. Porém, do jeito que está eles são simplesmente excluídos do processo.

Telefonia móvel

A comissão de vereadores da Capital que esteve em Brasília cobrando ampliação do sinal de cobertura de telefonia móvel recebeu da representante para a região Sul da empresa Tim uma boa notícia. Em abril será instalada uma nova antena na região de Santo Antônio de Lisboa que possibilitará fortalecer o sinal em uma região que tem praticamente um apagão de sinal de celular.

O presidente da Câmara, João Cobalchini (MDB) diz que a luta segue para outras regiões, mas já vê com bons olhos essa ampliação, sobretudo porque traz mais segurança na região da SC-401.

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A mãe não

Lamentável esse episódio de desrespeito patrocinado por algumas maçãs podres entre os servidores grevistas contra a mãe do vereador Gemada (PL), durante o Berbigão do Boca. É condenável o ataque contra uma mãe de 62 anos que não tem relação alguma com a discussão da reforma da previdência dos servidores municipais.

O debate deve acontecer na Câmara, de forma democrática e respeitosa. Descambar para a ignorância só piora as coisas para quem luta por classes. O vereador professor Bruno (PT) concordou com Gemada e condenou o ato. Ele alegou que a atitude partiu de uma minoria e não é compactuada pela maioria dos servidores.

Solidariedade

Sobre as agressões contra a mãe do vereador Gemada a Câmara chegou a divulgar uma Nota Oficial, conforme segue abaixo:
“A Câmara Municipal de Florianópolis expressa solidariedade e lamenta os atos de intimidação sofridos pela senhora Madalena Demétrio Pinheiro, mãe do vereador Gilberto Pinheiro – Gemada, ocorrido na tarde ontem (21), no Bloco Berbigão do Boca. 

A Mesa Diretora vem a público repudiar quaisquer tipos de ameaças ou intimidações proferidas contra parlamentares e seus familiares por conta de projetos que tramitam nesta Casa Legislativa. 

Somos contrários a qualquer tipo de violência, seja ela física ou verbal, estamos atentos às expressões e atitudes desta natureza e não toleraremos em nenhuma hipótese tais práticas. Reafirmamos o nosso compromisso de continuar trabalhando pela cidade”.

Remédio amargo

Sobre a reforma da previdência dos servidores, a presidente da CCJ, vereadora Manu Vieira (PL) informou que o parecer favorável à matéria, da forma como ela foi enviada pelo Executivo, já foi aprovada na Comissão. Ela disse que a reforma é um “remédio amargo”, mas necessário, pois ataca a quarta maior despesa do município. “Não posso ser contrário, pois entendo que é necessário”, colocou.

PT e as reformas

O vereador Renato da Farmácia (PSDB) fez um levantamento e lembrou que os governos do PT aprovaram ao menos quatro reformas da previdência em nível Nacional. Ele fez esse contraponto contra a posição contrária do PT em Florianópolis.

O vereador Gemada desafiou o Governo Lula a revogar essas reformas, já que a esquerda condenada tanto tirar direitos da previdência.

A vereadora Carla Ayres (PT) disse que o PT nacionalmente, mesmo vencido nas votações no Congresso, sempre se manifestou contrário às reformas e desafiou o PL a também ser contrário e revogar ao menos a última reforma, promovida pelos governos Temer/Bolsonaro.

Gemada retrucou que isso depende, antes de mais nada, que o presidente, no caso o Lula, envie a proposta a Câmara.

Convocação

O vereador Afrânio Boppré (PSOL) apresentou um requerimento objetivando convocar o secretário de Assistência Social, Bruno Souza a ir até a Câmara esclarecer sobre as políticas públicas para o setor. Entre as decisões que chamam atenção do parlamentar estão o fechamento do Restaurante Popular e a proibição de distribuição de comida para pessoas em situação de rua por parte de ONGs, associações e demais grupos solidários organizados. “Quero que o Secretário apresente, em Plenário, qual é o seu plano de trabalho e o conjunto de políticas públicas que pretende instituir para enfrentar o grave problema de pessoas em situação de rua na Cidade”, afirma Afrânio.

Reserva de mercado

Quanto à proibição da entrega de comida para moradores de rua no centro de Florianópolis por parte de entidades sociais, o vereador, Pastor Giliard Torquato (PL) tenta fazer uma “reserva de mercado”, assim classificada pelos demais vereadores.

Ele usou a tribuna para alegar que a igreja evangélica Assembleia de Deus, na qual é pastor, quer continuar a abordagem, porém, sem entregar marmitas, apenas um café para iniciar o contato com o cidadão em situação de rua.

O pastor está equivocado, se a medida vale para um, vale para todos. Mandou muito bem o presidente interino da sessão, vereador Bericó (PL), que disse que as igrejas fazem um belo trabalho de humanização e resgate dessa população, porém, já possuem seus espaços que são as próprias igrejas para fazer essas evangelizações e não devem usar via pública para esse trabalho.

Horário

2 horas da madrugada. Esse é o horário estipulado para encerramento dos blocos e atividades de Carnaval nas vias públicas de Florianópolis. O prazo de encerramento não é uma novidade deste ano. Já foi aplicado em outros Carnavais e tem mostrado bom resultado. Além de dar um espaço necessário para a turma de a limpeza urbana deixar tudo limpinho e cheiroso para a população que acorda cedo e precisa das vias para se locomover, evita ocorrências de segurança, que a partir de certo horário só aumentam com os excessos de bebida alcoólica.

E vamos combinar. O cidadão tem o dia inteiro e boa parte da noite pra festejar. Se não o fez até 2 da matina o problema não é da organização do Carnaval. É dele que é mal organizado ou excessivamente alegre!

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