Entenda a cirurgia feita por Pedro Sampaio, que cancelou agenda de carnaval

Pedro Sampaio precisou passar por uma cirurgia após romper o ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho durante um show no Rio de Janeiro em janeiro deste ano. O procedimento foi bem-sucedido, e ele já se encontra em fase de recuperação.

Os médicos ortopedistas Dr. Fernando Jorge e Dr. Marcos Cortelazo explicaram em entrevista à CARAS que a recuperação de uma lesão como essa pode ser longa e requer cuidados especiais.

O que causou a lesão no LCA?

O Dr. Fernando Jorge afirmou que o rompimento do LCA é mais comum em atletas devido a movimentos bruscos de rotação ou desaceleração, mas pessoas como cantores e DJs, que realizam movimentos repetitivos e intensos no palco, também estão suscetíveis. “Mesmo sendo menos frequente, o risco existe, especialmente quando há torção do joelho com o pé fixo no chão”, explicou o especialista.

Além disso, o Dr. Marcos Cortelazo mencionou que fatores como obesidade, fraqueza muscular, sobrecarga de treinos, idade avançada e lesões prévias podem aumentar o risco de lesão do LCA.

O que é o LCA?

O ligamento cruzado anterior (LCA) é responsável pela estabilização do joelho, sendo fundamental durante a aceleração, desaceleração e movimentos de rotação. O rompimento do LCA geralmente ocorre quando o joelho gira no sentido contrário da tíbia, com o pé fixo no chão.

Como identificar a lesão do LCA?

Após o trauma, a pessoa pode notar inchaço no joelho, além de redução na mobilidade e instabilidade. É comum sentir o joelho “frouxo” ou com a sensação de que ele vai “falhar”. O Dr. Marcos destacou a importância de buscar atendimento médico para confirmar a lesão e descartar outras possíveis complicações, como lesões no menisco ou nas cartilagens.

Como é a recuperação após a cirurgia?

A cirurgia de LCA pode ser realizada com uma técnica minimamente invasiva chamada videoartroscopia, utilizando enxertos de tendões do próprio paciente. No entanto, a recuperação exige paciência e cuidados especiais, com a maioria dos pacientes levando de 7 a 9 meses para retomar suas atividades cotidianas com segurança.

“Nos primeiros 2 a 4 semanas, é possível caminhar sem muletas, dependendo da evolução do paciente. No entanto, atividades mais exigentes para o joelho devem ser evitadas até a recuperação completa”, explicou o médico.

Cuidados essenciais durante a recuperação

A fisioterapia é fundamental para a recuperação da mobilidade e fortalecimento muscular. O Dr. Marcos alertou que é crucial seguir as orientações médicas, evitar sobrecarregar o joelho operado nas primeiras semanas, e usar muletas ou órtese conforme recomendado. Para controlar o inchaço, é importante aplicar gelo e elevar a perna.

Além disso, o uso de medicamentos para controle da dor e inflamação deve ser seguido à risca, e a volta às atividades físicas deve ocorrer apenas com a liberação médica. O Dr. Marcos reforçou que a paciência é essencial, pois retornar prematuramente a atividades de risco pode aumentar o risco de novas lesões.

“É importante que o retorno seja gradual e sempre supervisionado por um médico para garantir que o joelho esteja completamente recuperado”, finalizou o especialista.

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