Com Messi, Inter Miami inicia MLS em busca de taças e maior valorização

No próximo sábado (22), o Inter Miami tem seu primeiro confronto na Major League Soccer, a MLS, em 2025. Após vencer o Sporting Kansas City, por 1×0, na estreia pela ‘Concachampions’, na última quarta-feira (19), agora é a vez do pontapé inicial na liga nacional, nesta que é considerada a temporada mais importante da história do clube.

A equipe disputa cinco títulos, incluindo também a League Cup, que conta com times da MLS e do México, a Supporters’ Shield, pela melhor temporada regular, e o novo Mundial de Clubes.

Além das conquistas, entretanto, o clube tem a possibilidade de seguir expandindo a marca mundialmente, como tem feito após a contratação de Messi. Desde a chegada do craque argentino, em julho de 2023, o clube e a liga nunca mais foram os mesmos. De acordo com análises feitas pela Sportico e pela Sports Value, o time, que era avaliado em US$585 milhões, logo na primeira temporada passou a valer US$ 1 bilhão – equivalente a R$ 5,7 bilhões no final de 2024 – e hoje chega a bater US$1,2 bilhão.

A Major League Soccer (MLS), por sua vez, foi a liga esportiva norte-americana que mais cresceu, segundo estudo feito pela SponsorUnited, com uma receita 18% maior do que no ano anterior.

Quando David Beckham trouxe o campeão mundial para o clube, a esperança era que o time crescesse tanto dentro, quanto fora do campo, mas nem o craque inglês podia imaginar o efeito avassalador que essa contratação teria. O Inter Miami foi campeão da League Cup, campeonato que conta com times americanos e mexicanos, pela segunda vez na história, com direito a dois gols de Messi na final. Foi nessa campanha que as receitas do clube dobraram, chegando a impressionantes US$190 milhões, maior faturamento do país.

As arquibancadas também começaram a mudar. Estrelas do cinema, da música e do esporte começaram a lotar o Lockhart Stadium, casa do Inter Miami. Leonardo DiCaprio, Serena Williams, LeBron James e Selena Gomez são alguns dos que escolheram assistir Messi ao vivo. O argentino se tornou um verdadeiro ‘xodó’ do público americano.

Hoje a MLS é transmitida exclusivamente pela Apple+. A plataforma fechou um acordo de US$ 2,5 bilhões de dólares por 10 anos, ou seja, US$250 milhões por cada ano, quase o triplo do que se pagava antes de 2023.

O sucesso de Messi pelos Estados Unidos também levou o Inter Miami a investir em uma expansão pela América Latina, com uma série de amistosos promovidos no começo do ano. Entre janeiro e fevereiro, o clube atuou em países como Peru, Panamá e Honduras.

A imagem do craque também tem sido explorada cada vez mais, inclusive com a exposição temática “The Messi Experience – A Dream Come True”, que, depois de passagens por Los Angeles, Miami e Buenos Aires, chega a São Paulo no final de abril. A atração, criada pela Primo Entertainment, Moment Factory e com realização e produção no Brasil pela Dançar Marketing, é composta por diversas instalações temáticas, projetadas para levar os visitantes a uma viagem pela brilhante carreira do jogador.

Com projeções em 360 graus, realidade aumentada e tecnologias de ponta, o intuito é oferecer uma vivência única no mundo do futebol, onde os fãs poderão treinar como Messi ou interagir com ele por meio de tecnologias avançadas. As vendas já começaram e os fãs podem garantir a compra das entradas.

“O mundo respira futebol, e ter o nome ‘Messi’ é ter audiência. Trata-se de um ícone da história do esporte mundial. A realização de uma experiência imersiva com um ídolo deste porte aos fãs prova que o marketing esportivo é uma ferramenta gigante de conexão com os torcedores”, afirma Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

“O Inter Miami possui diversos jogadores sul-americanos e latinos, como, por exemplo, Lionel Messi e Luis Suárez. O clube se planejou e está trabalhando para ativar a marca nessas regiões, e ao mesmo tempo que essas ações geram o reconhecimento, o famoso brand awareness, elas também trazem receitas para a instituição”, explica Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

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