Servidora é exonerada após suspeita de cobrar dinheiro de detentos e parentes para oferecer falsos eventos


Operação da Polícia Civil aponta suposto esquema dentro de presídio em Paraíso do Tocantins. Seciju informou que colaborou com investigação. Polícia Civil cumpriu mandados de busca em Paraíso do Tocantins
Divulgação/Polícia Civil
A servidora da Unidade Penal Regional de Paraíso suspeita de cobrar dinheiro de detentos e parentes para ofertar festas, jantares, e eventos falsos foi exonerada. O suposto esquema de corrupção está sendo investigado pela Polícia Civil.
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De acordo com a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), informou que a mulher de 58 anos trabalhou na Unidade Penal Regional de Paraíso de setembro de 2024 a janeiro de 2025, e depois foi transferida para o Núcleo de Atendimento do Procon de Paraíso. Ela era contratada e foi exonerada por meio de ato publicado no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (19).
O nome da servidora não foi divulgado, por isso o g1 não teve acesso à defesa dela.
Durante a Operação Profanum, a Polícia Civil cumpriu mandados de de busca e apreensão em endereços ligados a pessoas investigadas pelo esquema. Houve também o cumprimento de três mandados de busca em duas casas e um comércio de Paraíso.
A Seciju disse que não houve buscas na Unidade Penal e que a equipe de servidores e policiais penais da Unidade colaborou na prestação de todas as informações solicitadas para investigação (Veja nota ao final da reportagem).
Segundo a polícia, a servidora estaria utilizando-se do cargo público para receber valores indevidos. Ela teria determinado só poderiam entrar medicamentos para os detentos que tivessem sido comprados em um estabelecimento da cidade. O dono do comércio é o segundo investigado, de 33 anos.
“Para evitar ser denunciada, a investigada dizia ter influência política e que poderia prejudicar presos e servidores”, explicou o delegado José Lucas Melo, responsável pela investigação.
Conforme o delegado, os investigados não podem mais manter contato com familiares de pessoas presas ou irem até a unidade penal enquanto durar a apuração do caso.
O nome da operação tem relação com a profanação da regra do serviço público que diz respeito ao desempenho das funções com honestidade e dignidade. A Polícia Civil informou que recebeu apoio de agentes das delegacias de Paraíso e da Polícia Penal do Tocantins durante a investigação e no cumprimento das ordens judiciais.
A apuração devem continuar para possível responsabilização dos suspeitos com relação aos crimes de corrupção passiva e peculato. Após a conclusão do inquérito, o documento será enviado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as medidas legais cabíveis.
Íntegra da nota da Seciju
A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da Unidade Penal Regional de Paraíso, esclarece que a referida servidora investigada pela Polícia Civil na Operação Profanum trabalhou na Unidade Penal Regional de Paraíso de setembro de 2024 a janeiro de 2025, período em foi transferida para o Núcleo de Atendimento do Procon de Paraíso.
A servidora era contratada e foi exonerada por meio de ato publicado no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira, 19.
A Seciju ressalta que não houve buscas na Unidade Penal e que a equipe de servidores e policiais penais da Unidade colaborou na prestação de todas as informações solicitadas para investigação.
A Secretaria reitera que não é condizente com qualquer ato de improbidade administrativa ou cobranças indevidas no serviço público, e que todas as pessoas suspeitas devem responder pelos atos. A Pasta está colaborando com as investigações e tomará todas as medidas cabíveis após apuração dos fatos.
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