Denúncia da PGR: Bolsonaro, Ramagem e ex-ministros formaram núcleo crucial

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra 34 pessoas por atos contra o Estado democrático. Dentre elas, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o texto de Gonet para o Supremo, Bolsonaro junto ao então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e ministros da época, como Anderson Torres e Augusto Heleno, e o comandante da Marinha em 2022, Almir Garnier, formaram “o núcleo crucial da organização criminosa, mesmo tenha havido adesão em momento distinto”.

Para o procurador, os denunciados “integraram, de maneira livre, consciente e voluntária, uma organização criminosa constituída desde pelo menos o dia 29 de junho de 2021 e operando até o dia 8 de janeiro de 2023”.

Após o envio da denúncia, cabe ao STF reconhecer mérito na questão. Se o caso for julgado, os indiciados passam a ser réus e a responder um processo judicial.

Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em outros dois casos, que podem ser levados ao Supremo pela PGR. São eles:

  • Fraude em cartão de vacina: Bolsonaro e seu então ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, teriam fraudado cartões de vacina para incluir o registro de dose tomada contra a Covid-19.
  • Joias sauditas: o ex-presidente também foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos no âmbito da investigação relacionada à venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Denúncia da PGR: Bolsonaro, Ramagem e ex-ministros formaram núcleo crucial no site CNN Brasil.

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