Ex-PM é condenado a 20 anos de prisão por assassinar petista em 2022

Na quinta-feira (13), o ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do guarda municipal petista Marcelo Arruda, ocorrido em Foz do Iguaçu em 2022. A sentença foi proferida após três dias de júri popular em Curitiba, determinando que Guaranho inicie o cumprimento da pena imediatamente, após já ter cumprido prisão domiciliar desde o ano passado.

Durante o processo, a defesa de Guaranho tentou, sem sucesso, descaracterizar a motivação política do crime. Alega-se, inclusive, que o réu agiu em legítima defesa, argumento reforçado por seus advogados e por ele mesmo em entrevistas à imprensa. No entanto, o advogado da acusação, Daniel Godoy, afirmou que as imagens capturadas na festa de aniversário de Arruda contradizem essa versão. “Quando ele voltou, já chegou atirando e provocando os presentes fazendo referências às posições políticas de Arruda”, explicou Godoy.

O Ministério Público (MP) sustentou a tese de que o crime teve uma clara motivação política. Os jurados, então, decidiram pela condenação por homicídio, sem acolher a alegação de legítima defesa. Ao final do julgamento, Guaranho foi encaminhado diretamente ao Complexo Médico Penal para iniciar o cumprimento da pena.

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Em uma participação emocionada no programa Quarta Sindical, a esposa de Marcelo Arruda, Pamela, pediu justiça, destacando, porém, que “nada trará novamente à vida do marido, pai, companheiro de trabalho e militante político”. Ela também ressaltou o impacto do crime em sua família, dizendo que “nossa família quase não sai mais de casa. Nunca mais voltamos à vida normal, queremos justiça”.

Pamela concluiu com pesar: “Em resumo, eu digo que nesta tragédia a gente só perdeu quando o Márcio morreu, perdi família, o pai dos meus filhos, o sindicato perdeu um dirigente atuante, a guarda municipal perdeu um funcionário de 28 anos”.

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