Polícia faz operação para prender suposto mandante da morte de delator do PCC

A Polícia Civil de São Paulo realizou, na manhã desta quinta-feira (13), uma operação para cumprir um mandado de prisão e 21 de busca e apreensão contra o suspeito de ser o mandante do assassinato do empresário Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O homem foi morto a tiros na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro passado. Ao todo, 116 policiais participam da operação. As informações são do g1.

O mandado de prisão tem como alvo João Cigarreiro, apontado como um traficante de drogas com ligações diretas com o PCC. Segundo a polícia, ele foi amigo de Gritzbach e de Ancelmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, um dos integrantes da facção criminosa.

A relação entre Gritzbach e Cigarreiro teria se rompido após a morte de Cara Preta, em 2021. De acordo com as investigações, Cigarreiro acreditava que Gritzbach estava por trás do assassinato para se livrar de uma dívida milionária em criptomoedas.

Além disso, o próprio Gritzbach apontou Cigarreiro como um dos responsáveis por seu sequestro e condução a um tribunal do crime, logo após a morte de Cara Preta. Além do mandado contra Cigarreiro, a polícia encaminhou três pessoas ligadas a ele para o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) para prestarem depoimento.

Atualmente, 26 pessoas estão presas no caso Gritzbach, incluindo 22 policiais, tanto civis quanto militares. Entre os detidos, três são suspeitos de participação direta no assassinato do empresário.

Saiba como acontece a investigação

A investigação teve início em março do ano passado, após uma denúncia anônima sobre o vazamento de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC. O objetivo desse esquema era evitar prisões e prejuízos financeiros à facção.

Segundo a Corregedoria da Polícia Militar, policiais da ativa e da reserva vendiam dados estratégicos para integrantes do PCC. Um dos beneficiados seria Vinicius Gritzbach, que contava com escolta privada de PMs, o que reforçava a suspeita de integração de agentes à organização criminosa.

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