Entenda complicação que causou morte da filha de Lexa

A pré-eclâmpsia e a síndrome de HELLP foram as condições que levaram à morte da filha da cantora Lexa, três dias após o parto, quando a criança tinha apenas seis meses de gestação. A pré-eclâmpsia é uma complicação associada ao aumento da pressão arterial e à presença de proteínas na urina, surgindo após as 20 semanas de gestação. A síndrome de HELLP é uma versão mais grave, caracterizada por hemólise e contagem baixa de plaquetas, o que aumenta o risco de hemorragias graves. Segundo o g1, a cantora relatou em suas redes sociais o sofrimento pela perda de sua filha, Sofia, em 5 de fevereiro.

“Eu senti cada chutinho, eu conversei com a barriga, eu idealizei e sonhei tantas coisas lindas pra gente… foram 25 semanas e 4 dias de uma gestação muito desejada! Uma pré-eclampsia precoce com síndrome de Hellp, 17 dias de internação, Clexane, mais de 100 tubos de sangue na semi intensiva e 3 na UTI sulfatando e lutando pelas nossas vidas minha filha”, compartilhou a artista no Instagram.

Entendendo a pré-eclâmpsia e a síndrome de HELLP

A pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada pela pressão arterial elevada e presença de proteínas na urina, surgindo após 20 semanas de gestação. De acordo com informações da ginecologista Karina Peres divulgadas pelo g1, a pré-eclâmpsia pode resultar em complicações graves, como o desprendimento da placenta e o nascimento precoce do bebê, o que aumenta os riscos de complicações para a criança.

Por sua vez, a síndrome de HELLP é um estágio mais grave da pré-eclâmpsia, envolvendo a destruição das células vermelhas do sangue, problemas no fígado e diminuição das plaquetas, o que eleva o risco de sangramentos durante o parto.

Sintomas e complicações da pré-eclâmpsia

Entre os sinais da pré-eclâmpsia, estão dores de cabeça fortes, pressão alta, inchaço no rosto e nas mãos, ganho de peso rápido, dificuldades respiratórias, dor abdominal, náuseas, vômitos e alterações na visão. A causa exata da condição ainda não é totalmente compreendida, mas pode estar ligada a anomalias na formação da placenta, o que afeta a circulação sanguínea.

Fatores como pressão alta crônica, diabetes, obesidade, gravidez após os 35 anos e gestações múltiplas são considerados de risco. A ginecologista Karina Peres ressalta que a pré-eclâmpsia está associada a uma predisposição genética, e, embora medidas como o uso de AAS (anticoagulante) e reposição de cálcio sejam recomendadas para mulheres com fatores de risco, elas nem sempre conseguem evitar que a condição se agrave.

Em caso de pré-eclâmpsia precoce, como no caso de Lexa, os tratamentos preventivos podem não ser suficientes para controlar o avanço da doença. Não há cura para a pré-eclâmpsia, e o único tratamento definitivo é o parto, pois a condição está relacionada a uma alteração vascular na placenta. Quando a doença se desenvolve antes das 37 semanas de gestação, é necessário avaliar os riscos para a mãe e para o bebê, com acompanhamento rigoroso da pressão arterial e monitoramento dos sinais de complicação.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.