Represa de SP tem 7º ataque de piranhas em 15 dias; veja vídeo

A Represa do Broa, em Itirapina (SP), que já foi um ponto turístico popular, agora é palco de uma série de ataques de piranhas que aterrorizam banhistas e levaram à proibição de acesso ao local. No último sábado (8), um turista de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, tornou-se a sétima vítima em apenas 15 dias, sofrendo ferimentos no dedo mindinho do pé esquerdo.

A proibição de banhistas na Represa do Broa foi implementada pela Prefeitura de Itirapina em 27 de janeiro, após o fim de semana em que ocorreram os primeiros ataques. A medida foi oficializada por meio de um decreto.

O gesseiro Izaías dos Santos, turista de Campo Grande, relatou que ouviu rumores sobre as piranhas, mas que por ser de uma região onde esses peixes são comuns, não acreditava que os ataques fossem tão sérios.

“Só que sou de Campo Grande, sempre tomei banho onde tem piranhas e nunca aconteceu ataque. Achei meio duvidoso, aí vim e constatei. Senti uma beliscada no dedo. Saí e vi que tinha arrancado um pedaço. Aí sabia que era piranha”, afirmou Izaías.

Mesmo com a proibição, o turista decidiu se arriscar e entrar na água, demonstrando um comportamento comum entre os frequentadores da represa, que ignoram o decreto municipal e continuam a frequentar o local.

Após o ataque, Izaías expressou preocupação com a segurança dos banhistas, especialmente das crianças. “Eu falei para o pessoal: ‘pegaram meu dedo aqui’. A gente avisa porque é perigoso. Adulto ainda vai, mas crianças… É bom evitar”, alertou o turista.

Diante da persistência dos ataques, a Prefeitura de Itirapina anunciou uma série de medidas para lidar com a situação. Entre elas, destacam-se a contratação de uma empresa especializada para monitorar a represa, a criação de uma lei municipal para regulamentar a pesca e a realização de um campeonato de pesca de piranhas.

A prefeitura informou que está colaborando com especialistas e órgãos ambientais, como a Cetesb, a gestão da APA Cuesta Corumbataí, o Comitê de Bacias Hidrográficas, a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) e o Ibama, para encontrar a melhor solução para o problema.

As medidas incluem:

  • Contratação de uma empresa para monitorar a ictiofauna da represa e identificar os períodos e locais de maior risco de ataques de piranhas.
  • Criação de uma lei municipal para regulamentar a pesca e proibir a soltura de espécies invasoras.
  • Realização de um campeonato de pesca de piranhas, organizado pela associação de moradores, seguindo as regulamentações ambientais.
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