Operação de Israel na Cisjordânia deixa 2 mulheres mortas, diz ministério

O Ministério da Saúde palestino informou que duas mulheres, uma delas grávida, foram mortas pelas Forças de Israel na Cisjordânia ocupada neste domingo (9).

A pasta afirmou que as forças israelenses em Nur Shams, no norte da Cisjordânia, atiraram em Sundos Jamal Mohammed Shalabi, de 23 anos, que estava grávida de oito meses. O bebê não sobreviveu e o marido dela foi ferido.

A agência de notícias estatal palestina citou testemunhas que compartilharam que Shalabi e o marido foram baleados quando tentavam sair de casa, mas não há mais detalhes sobre o ocorrido.

Os militares israelenses afirmaram que estão investigando o caso.

Outra mulher, de 21 anos, foi morta a tiros em um outro momento, ainda segundo o Ministério da Saúde palestino.

 

Os militares israelenses disseram que estavam operando em uma casa em busca de “um militante” e pediram aos moradores que saíssem do prédio. Segundo eles, a mulher não saiu.

O Exército de Israel pontuou que lamenta os danos causados ​​aos civis e que “tentam prevenir que isso aconteça”.

Operação expandida de Israel na Cisjordânia

Israel vem intensificando a operação militar na Cisjordânia nos últimos dias. Um porta-voz militar disse neste domingo (9) que as forças de segurança do país mataram vários “militantes” e prenderam várias pessoas procuradas em Nur Shams.

Mais cedo neste domingo (9), os militares anunciaram que estavam expandindo uma operação antiterrorista no norte da Cisjordânia para Nur Shams, um histórico campo de refugiados perto da cidade palestina de Tulkarm.

O Exército, a polícia e os serviços de inteligência de Israel iniciaram uma operação antiterrorista em Jenin em 21 de janeiro, descrita pelas autoridades como uma “operação militar significativa e em grande escala”.

A ação se expandiu para Tulkarm, Al Faraa e Tamun, com os militares afirmando que tinham como alvo “militantes”.

Israel lançou a operação depois de conseguir um cessar-fogo com o grupo palestino Hamas em Gaza.

Milhares de palestinos fugiram da Cisjordânia devido à campanha militar israelense e à destruição generalizada causada.

Os palestinos destacaram que a campanha israelense é uma das mais destrutivas que já enfrentaram. Dezenas de pessoas foram mortas, de acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

O governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos. Saiba detalhes da negociação nesta matéria.

Israel realizou intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Operação de Israel na Cisjordânia deixa 2 mulheres mortas, diz ministério no site CNN Brasil.

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