Ativistas LGBTQIA+ denunciam ter sido retirados de forma violenta da Câmara Municipal de BH durante votação de projeto de lei; VÍDEO

Projeto em votação garante a entidades esportivas e organizadoras de competições ‘estabelecer o sexo biológico como critério definidor para participação em seus eventos’. Confusão na Câmara Municipal de Belo Horizonte na tarde desta quarta-feira (5)
Ativistas de movimentos LGBTQ+ denunciaram ter sido retirados à força do plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (5). Eles protestavam contra um projeto de lei em votação na Casa que permite que pessoas trans sejam proibidas de participar de eventos esportivos com base no gênero com que se identificam.
O presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), Maicon Chaves, disse que os manifestantes estavam na galeria do Plenário, protestando de forma pacífica, quando o presidente da Câmara Municipal, vereador Juliano Lopes (Podemos), mandou os seguranças retirarem um dos ativistas.
“Nós ficamos próximos para que ele não pudesse ser retirado à força, e acabei também sendo retirado, pelas costas. Me pegaram por trás, me puxaram pelo colarinho, pelo braço, fui chamado de veado pela segurança da Casa. Fui retirado de forma violenta, me encurralaram. Estou com os braços todo machucados”, contou Maicon.
O projeto de lei em votação, de autoria da vereadora Flávia Borja (DC), garante a entidades esportivas e organizadoras de competições “estabelecer o sexo biológico como critério definidor para participação em seus eventos”.
Segundo a justificativa do texto, o objetivo é “inibir as situações em que as características naturais relacionadas ao sexo do indivíduo retiram o caráter competitivo de competições realizadas no município”.
O PL tramita em primeiro turno. A Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor votou pela rejeição, conforme parecer da vereadora Iza Lourença (Psol), sob a justificativa de que “viola os direitos de uma parcela de seres humanos que querem praticar esportes e não se identificam com o seu sexo biológico”.
O g1 entrou em contato com a assessoria do presidente da Câmara Municipal, Juliano Lopes, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Reportagem em atualização
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