“Round 6”: Atriz treinou tiro para dar vida a uma soldado mascarada

Depois de quatro anos de espera, a tão aguardada 2ª temporada de “Round 6” chegou ao streaming, em dezembro de 2024. Até hoje o drama sul-coreano mantém o título de série mais assistida da Netflix, superando fenômenos como “Wandinha” e “Bridgerton”. E, assim como na primeira temporada, a nova leva de episódios já está gerando muito burburinho.

Park Gyu-young, conhecida por seus papéis em romances leves como “Um Bom Dia Para Ser Um Cachorro”, desta vez interpreta uma mãe que desertou da Coreia do Norte e fará de tudo para trazer sua filha para a Coreia do Sul — incluindo participar dos jogos mortais da série. À CNN, ela revelou ter aprendido a manejar uma arma para viver o papel.

Já Im Si-wan vive um YouTuber falido que levou várias pessoas à ruína financeira com suas dicas equivocadas sobre criptomoedas. Durante os jogos, ele se depara com Jo Yu-ri, sua ex-namorada que engravidou dele no passado. Ele havia sugerido que ela abortasse, sem saber que ela decidiu seguir com a gravidez.

Além dos novos rostos, um personagem da 1ª temporada também retorna, dessa vez com mais tempo de tela: o gentil Jung-bae, interpretado por Lee Seo-Hwan. Ele é um velho conhecido do protagonista, Gi-hun, e o reencontra nos jogos.

Em entrevista à CNN, os atores Park Gyu-young, Jo Yu-ri, Im Si-wan e Lee Seo-Hwan compartilharam detalhes sobre o processo de imersão em seus personagens e como se prepararam para viver as cenas intensas e emocionalmente carregadas da série. Confira:

Park Gyu-young, sua personagem é, ao mesmo tempo, uma mãe desesperada e empática e uma soldado mascarada implacável. Como você equilibrou essas personalidades contrastantes e qual foi o segredo para retratar essa dualidade de forma convincente?

Park Gyu-young: Na verdade, quando penso nisso agora, à primeira vista, a personagem pode parecer contraditória. Mas, para mim, ela tem uma emoção muito consistente: alguém que perdeu algo precioso, carrega culpa e vive com isso. Essa frieza dela vem de fazer de tudo para recuperar o que perdeu. Eu acredito que essa emoção é consistente em toda a jornada da personagem. Me esforcei muito para me conectar emocionalmente e expressar isso com autenticidade.

Que tipo de preparação você teve para interpretar uma soldado mascarada? Você adquiriu alguma habilidade ou insight novo que moldou sua performance?

Park Gyu-young: Claro, tentei me conectar profundamente às emoções e histórias da personagem. Também precisei treinar ações específicas, como o uso de armas e cenas de luta, além de trabalhar na postura, expressões faciais e na voz, para parecer realmente como um soldado forte e confiante. Foi a primeira vez que aprendi a usar uma arma, e isso foi algo completamente novo para mim.

Jo Yu-ri, interpretar uma mulher grávida traz desafios emocionais e físicos únicos. Como você se preparou para esse papel? Realizou alguma pesquisa específica?

Jo Yu-ri: Para interpretar a personagem Jun-hee, eu conversei muito com a minha mãe. Eu li o diário que ela escreveu enquanto me criava e usei isso para me preparar emocional e fisicamente para interpretar Jun-hee. Além disso, conheço uma pessoa que trabalha como obstetra e perguntei para essa médica o que acontece com o corpo da mulher durante a gravidez e quais as dificuldades que surgem.

Im Si-wan, alguns atores acreditam em não julgar seus personagens, mas sim em entender suas motivações e ações. Você abordou seu personagem com essa mentalidade?

Yim Si-wan: Achei que era bastante evidente que, em termos de moralidade, Myung-gi estava muito inclinado para o lado errado. Ainda assim, por mais que isso fosse verdade, como ator, precisei abordar o personagem tentando entender as escolhas erradas que ele fez e os motivos por trás delas. Eu me esforcei para descobrir como e de onde essas decisões equivocadas começaram a surgir. Cheguei à conclusão de que tudo começou com um desejo, uma ganância interna.

Lee Seo-Hwan, as situações intensas nos jogos frequentemente trazem à tona o pior das pessoas, mas seu personagem demonstrou muitas ações positivas. Você esperava esse desenvolvimento da segunda temporada, considerando seu papel breve na primeira?

Lee Seo-Hwan: Não acho que ele tenha feito algo especial ou diferente durante os jogos, tanto na primeira quanto na segunda temporada. Se eu tivesse entrado naquele jogo sem energia ou determinação, eu também teria acabado como qualquer outra pessoa. Como digo em uma das falas do meu personagem, é a situação que corrompe as pessoas. Não acho que elas sejam más por natureza. Eu provavelmente teria me tornado igual a elas, mas consegui manter minha força mental graças ao apoio de Gi-hun, que me ajudou a manter o foco. Acho que a linha entre o bem e o mal naquele contexto é muito fina, como a espessura de uma folha de papel. Tudo depende da situação.

Em uma entrevista, você mencionou que o diretor pediu para que você fosse fofo. Pode nos contar mais sobre essa orientação e como abordou o personagem dessa forma?

Lee Seo Hwan: Primeiro, tem o meu jeito de falar. Em algumas partes, eu coloco um tom meio choroso, como quando digo: “Minha mãe gostava tanto de mim!”. Eu adicionei um som nasalizado no final, quase como se fosse uma reclamação ou birra. E, por exemplo, na cena em que estou arrumando a cama, quando digo: “Eu não quero dormir aqui embaixo!”, eu fiz parecer que o personagem estava claramente incomodado. E tem minha postura. Só de ficar parado, a barriga aparecia e dava esse ar engraçado. O diretor disse que eu tenho uma carinha naturalmente fofa, mas eu mesmo não acho muito isso.

Confira a entrevista em vídeo:

Este conteúdo foi originalmente publicado em “Round 6”: Atriz treinou tiro para dar vida a uma soldado mascarada no site CNN Brasil.

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