Reforma ministerial e forró embalam festa da vitória de Hugo Motta

Poucas horas depois de ser eleito presidente da Câmara, com apoios que foram do PL ao PT, o deputado Hugo Motta (Republicanos – PB) chegou na festa da vitória para celebrar ao lado de políticos da oposição e governistas.

Cerca de 1.500 pessoas lotaram o espaço de eventos alugado no Setor de Clubes Esportivos, onde o cantor Luan Estilizado comandou o show de forró.

Enquanto garçons serviam whisky, cerveja e vinho, ministros do governo Lula e deputados do PT ao PL dividiram a ecumênica pista de dança.

A família de Motta também compareceu em peso.

Estavam lá o pai, Nabor Wanderley (Republicanos), que é prefeito de Patos, a mãe, Ilanna Motta, e a avó, Francisca Motta, que também foi prefeita da cidade.

Nas rodas de conversa, deputados de esquerda e direita deixaram as diferenças de lado e especularam sobre a reforma ministerial e o futuro de Arthur Lira (PP-AL), que estava presente, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Sempre cercado de gente, o casal Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) sorria e mudava de assunto quando os jornalistas questionavam a deputada sobre a ida para a Secretaria Geral da Presidência.

Um parlamentar do PT que estava na resenha admitiu mais tarde que a mudança deve acontecer em breve e vai “pacificar” o partido.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, preferiu não palpitar sobre a reforma, mas garantiu que a sucessão de Gleisi está encaminhada.

Ele contou à CNN que sua corrente no PT desistiu de disputar a presidência da legenda e vai apoiar o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva.

Na bolsa de apostas da festa, aliados de Arthur Lira disseram que ele pode comandar a CCJ se não for para o ministério da Agricultura, hipótese que perdeu força nos últimos dias.

Quando perguntado sobre seu futuro, Lira disse que deve tirar alguns dias de descanso e depois disso voltar à Câmara.

O ex-presidente da Casa ainda não sabe se vai procurar uma casa onde caibam seus cachorros ou morar em um apartamento funcional. Esse debate será feito em família, disse ele aos amigos.

Já o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), segundo políticos do seu partido, pode ir para o lugar de Geraldo Alckmin no Desenvolvimento Econômico ou de José Múcio na Defesa.

Um ministro que acabara de deixar a pista de dança opinou que isso é tudo especulação, porque nem o Lula sabe ainda o que quer.

Sobre a articulação política, houve um certo consenso que o posto de Alexandre Padilha deve ser ocupado por um nome do centrão, sendo que o mais cotado é o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL).

Outra opção seria ele ocupar a liderança do governo.

O discurso da vitória de Motta também foi tema das conversas.

A fala foi muito elogiada por políticos de esquerda, que se disseram surpresos com as citações de Ulysses Guimarães e o desfecho surpreendente que remeteu ao filme “Ainda estou Aqui”.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Reforma ministerial e forró embalam festa da vitória de Hugo Motta no site CNN Brasil.

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