Falsa biomédica acusada de lesões cobrava até R$ 18 mil por cursos; entenda

Um caso envolvendo uma falsa biomédica, em Porto Alegre, virou alvo de investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS). Maria Ana, acusada de se passar por biomédica, é investigada pela PCRS por realizar procedimentos estéticos sem a devida formação, resultando em lesões em pacientes. O caso veio à tona após denúncias de vítimas que sofreram dores e queimaduras.

Nas redes sociais, Maria Ana se apresentava como biomédica e realizava procedimentos estéticos, além de orientar outros profissionais da área. O nome dela não consta nos registros do Conselho Nacional de Biomedicina.

Denúncias de vítimas e ex-marido

As vítimas registraram boletins de ocorrência no 14º Distrito Policial de Porto Alegre. Uma mulher alega ter sofrido lesões graves, quase ficando cega após um procedimento realizado pela falsa biomédica. A vítima, porém, teme prestar depoimento por depender financeiramente de um local onde a falsa biomédica realizava procedimentos estéticos.

Polícia Civil investiga o caso e busca por outras possíveis vítimas. A delegada Luciana Smith, do 14º Distrito Policial de Porto Alegre, confirmou que três vítimas já registraram boletins de ocorrência. O inquérito está em andamento e testemunhas estão sendo ouvidas.

A reportagem da CNN conversou com o ex-marido da acusada, que relatou o esquema e a fuga de Maria Ana para Minas Gerais, com o filho do casal.

ex-marido disse que descobriu a farsa e registrou um boletim de ocorrência. Ele afirma estar sem ver o filho desde 13 de setembro, devido à disputa judicial pela guarda da criança.

Uma fonte, que trabalhou para o Instituto Lari Venâncio, onde Maria Ana ministrava cursos para médicas e biomédicas formadas, revelou que as palestras da falsa profissional custavam R$ 18 mil.

Além do Instituto que vendia cursos ministrados por Maria Ana, a falsa biomédica também atendia na Clínica Prime, centro de estética com sedes em São Paulo e Uruguaiana (RS).

Outro lado

A CNN buscou o Conselho Federal de Biomedicina e a Clínica Prime para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até o momento. A reportagem tentou localizar a defesa de Maria Ana, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto.

O Instituto Lari Venâncio, por meio do representante legal, informou que Maria Ana tentou enganar o Instituto com documentos falsos por meio do Whatsapp. Ao descobrir o golpe, o Instituto alega que registrou boletim de ocorrência, sendo assim uma das várias vítimas lesadas pela falsa biomédica.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Falsa biomédica acusada de lesões cobrava até R$ 18 mil por cursos; entenda no site CNN Brasil.

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