Israel diz que matou comandante da Jihad Islâmica em mesquita na Cisjordânia

O Exército de Israel disse nesta quinta-feira (29) que matou cinco combatentes palestinos, incluindo um comandante da Jihad Islâmica, durante uma troca de tiros “dentro e perto de uma mesquita” na cidade ocupada de Tulkarem, na Cisjordânia.

O tiroteio ocorreu depois que Israel lançou um dos maiores ataques ao território ocupado em anos, na quarta-feira (28). O chanceler israelense, Israel Katz, pediu uma operação no estilo Gaza na Cisjordânia para erradicar o que ele chamou de “infraestrutura terrorista islâmica-iraniana”.

Depois que Israel organizou novos ataques na manhã desta quinta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) pontuaram que, entre os cinco mortos na mesquita, estava Muhhamad Jabber, conhecido como Abu Shujaa, o líder do braço local daJihad Islâmica.

Jabber havia realizado vários ataques terroristas, segundo as FDI, incluindo um ataque a tiros na cidade de Qalqilya, na Cisjordânia, em junho, quando um civil israelense foi morto.

Mais tarde nesta quinta-feira, a Jihad Islâmica anunciou o “martírio” de Jabber, que eles destacaram ser o comandante do Batalhão Tulkarem das Brigadas Al-Quds, o braço armado do grupo.

Os outros quatro mortos estavam relacionados à rede terrorista e mais uma pessoa foi apreendida, disse o porta-voz internacional das FDI, Tenente-Coronel Nadav Shoshani, em uma coletiva de imprensa.

Primeiro dia de ataques

Os militares de Israel afirmaram que mataram 12 terroristas durante o primeiro dia de suas operações em Jenin e Tulkarem, ambas no norte da Cisjordânia, bem como desmantelaram “dezenas de dispositivos explosivos” que foram plantados sob as estradas.

A ofensiva ocorreu depois que Katz alertou que o Irã estava trabalhando para estabelecer uma “frente oriental” contra Israel para trabalhar ao lado do Hamas em Gaza e do Hezbollah no sul do Líbano.

“Devemos lidar com a ameaça assim como lidamos com a infraestrutura terrorista em Gaza, incluindo a evacuação temporária de moradores palestinos e quaisquer medidas necessárias”, escreveu nas redes sociais.

“Esta é uma guerra para todos os termos e propósitos e devemos vencê-la”, complementou.

Secretário-geral da ONU diz que operação é “preocupante”

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse nest quinta-feira que a operação de Israel na Cisjordânia é “profundamente preocupante”.

“Condeno veementemente a perda de vidas, incluindo crianças, e peço a cessação imediata dessas operações”, ressaltou.

Os confrontos na Cisjordânia se tornaram mais frequentes desde que Israel começou a guerra na Faixa de Gaza em resposta ao ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro.

Israel ocupa a Cisjordânia desde que tomou território da Jordânia, em 1967. Desde então, expandiu os assentamentos judeus no território, considerados ilegais pela lei internacional.

O Ministério da Saúde palestino relatou na terça-feira (27) que 652 palestinos, incluindo 150 crianças, foram mortos na Cisjordânia e ocuparam Jerusalém Oriental desde 7 de outubro, com mais de 5.400 feridos.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Israel diz que matou comandante da Jihad Islâmica em mesquita na Cisjordânia no site CNN Brasil.

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