Efeito DeepSeek mostra que Brasil pode competir em IA, diz secretário à CNN

A chinesa DeepSeek é a prova de que países de emergentes — incluindo o Brasil — podem competir no mercado de inteligência artificial, na avaliação do diretor de Desenvolvimento Industrial e Inovação do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Uallace Moreira.

“A China conseguiu mostrar que modelos de alta performance podem ser desenvolvidos com recursos limitados e transformar o paradigma de desenvolvimento de IA. Mostrou que a inovação pode vir de regiões e empresas anteriormente consideradas menos competitivas no cenário global”, explicou.

Em entrevista à CNN, Moreira indica que o “ecossistema” de inovação avançado chinês prepara o país para encontrar janelas de oportunidades em tecnologias disruptivas. Esta é uma estratégia conhecida como “catch-up” tecnológico, em que um país de industrialização tardia encontra caminho para se aproximar de desenvolvidos.

A percepção do secretário é de que o Brasil está entre os países emergentes com capacidades internas preparadas para, com os incentivos adequados, aproveitar janelas de oportunidade em tecnologias disruptivas.

Na semana passada, a startup de tecnologia sediada em Hangzhou lançou um assistente digital gratuito que, segundo ela, usa menos dados e custa uma fração do custo dos modelos de empresas já estabelecidas, possivelmente marcando um ponto de virada no nível de investimento necessário para a IA.

A DeepSeek, que na segunda-feira (27) ultrapassou o rival norte-americano ChatGPT em downloads na App Store, oferece alternativa mais barata de IA. O movimento colocou em xeque a sustentabilidade do nível de gastos e investimentos em IA por empresas ocidentais, incluindo Apple e Microsoft.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Efeito DeepSeek mostra que Brasil pode competir em IA, diz secretário à CNN no site CNN Brasil.

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