“Ainda Estou Aqui” retrata ditadura militar sem clichês, diz CEO da O2

O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” conquistou três indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. Paulo Barcellos, CEO da O2 Filmes, produtora responsável por sucessos como “Cidade de Deus”, comentou o feito em entrevista à CNN.

Barcellos destacou a abordagem inovadora do longa-metragem ao retratar a ditadura militar brasileira. ‘”Ainda Estou Aqui’, além de ser primoroso do ponto de vista técnico, traz uma inovação que é contar uma história de uma ditadura militar, uma história tão difícil, sem apelar para os clichês a que estamos acostumados”, afirmou o executivo.

Nova perspectiva sobre a ditadura

Segundo o CEO, o filme foge dos estereótipos comumente associados a produções sobre o período, como cenas de violência explícita. “Ele traz a visão da ausência, ele dá uma angústia pela ausência daquela pessoa [Rubens Paiva]”, explicou Barcellos, ressaltando que essa abordagem diferenciada é um dos motivos pelo qual o filme tem chamado tanta atenção.

A narrativa centrada na ausência de um pai de família e na angústia causada pelo regime militar oferece uma perspectiva única e emocionalmente impactante. “É um jeito muito diferente de mostrar o quão angustiante era aquela situação”, afirma Barcellos, evidenciando como o filme consegue transmitir a tensão e o sofrimento do período sem recorrer a representações gráficas.

As indicações ao Oscar de “Ainda Estou Aqui” marcam um momento importante para o cinema brasileiro, reafirmando sua capacidade de produzir obras de relevância internacional.

Oscar 2025: “Ainda Estou Aqui” recebe 3 indicações

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