Pri Helena comemora indicações históricas de “Ainda Estou Aqui” ao Oscar

A atriz Pri Helena está celebrando as três indicações do filme Ainda Estou Aqui ao Oscar 2025. O longa, dirigido por Walter Salles, conquistou um feito inédito: a primeira nomeação de uma produção brasileira na categoria de Melhor Filme.

Pri Helena, que interpreta Zezé, empregada da família de Eunice Paiva (vivida por Fernanda Torres), destacou-se com uma performance elogiada pela crítica, consolidando-se como uma das grandes revelações da nova geração.

Atualmente, a atriz também está no elenco da novela das sete da TV Globo, Volta por Cima, onde interpreta a vibrante Cacá. A atuação de Pri tem recebido aclamação por sua intensidade e carisma, mostrando seu talento em diferentes formatos.

Sobre as indicações ao Oscar, Pri Helena se mostra emocionada: “Esse reconhecimento é um marco para o cinema brasileiro. Fazer parte de um projeto tão especial e ver ele ser celebrado internacionalmente é algo que sempre sonhei.”

Pri Helena comenta sobre o filme em entrevista

Em entrevista do ano passado à Marie Claire, Pri Helena destacou a importância do longa e sua conexão com a história da personagem Zezé. “A Zezé, Maria José, é uma personagem que realmente existiu. Ela é como se fosse o braço direito da Eunice na década de 70 e tem uma relação de lealdade muito grande com ela”, contou a atriz.

Ela também ressaltou como Zezé reflete as desigualdades sociais da época: “Aquela família sofre com a ação dos militares e essa personagem acaba se dando mal com isso também. A corda sempre acaba arrebentando para o lado mais fraco, então acho a Zezé uma figura importante. Ela é periférica, está ali servindo aquela casa, mas também tem uma história paralela.”

Pri Helena falou sobre a abordagem única do filme: “Muitos dos filmes sobre a ditadura generalizam a época, mas no “Ainda Estou Aqui” entramos dentro de uma casa, de uma família de pessoas reais, que é a família do Rubens Paiva.”

A atriz também refletiu sobre o contexto histórico e a relevância do longa no momento atual: “Vivemos num país onde a memória é curta. Existe gente que diz que a ditadura não aconteceu, tipo, oi? Falar sobre a ditadura é sempre importante e nunca será algo ultrapassado.” Ela ainda comentou: “Há poucos anos pessoas eram mortas e torturadas. E agora a gente quase viveu um golpe. E aí, será que a gente realmente não corre o risco de uma ditadura nunca mais existir? Não sei se coloco minha mão no fogo.”

Para Pri Helena, o resgate histórico proposto pelo filme é essencial: “Precisamos relembrar a nossa história para saber de onde viemos, entender onde estamos e saber como vamos chegar até o lugar que a gente quer.”

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