Evo Morales falta a nova audiência sobre acusação de tráfico de pessoas

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales não compareceu à nova audiência sobre medidas cautelares convocada marcada para esta sexta-feira (17) no tribunal de Tarija. É a segunda ausência de Morales na mesma semana, que também deixou de comparecer à audiência de terça-feira (14), alegando motivos de saúde.

Ele é acusado de tráfico de pessoas e de ter mantido relações sexuais com uma menor de idade quando era presidente.

O advogado de Morales, Jorge Pérez, compareceu à audiência em seu nome e declarou que o ex-presidente “nunca foi notificado” e que, portanto, o aviso de não comparecimento, o mandado de prisão e a acusação formal emitida são “ilegais”, segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI).

 

 

A CNN pediu comentários à equipe de Morales e à Procuradoria-Geral da Bolívia e aguarda uma resposta.

O juiz de Tarija convocou Morales para um caso de possível tráfico de pessoas devido a um relacionamento íntimo que o Ministério Público alega que Morales teve com uma menor em 2015, durante sua presidência. Ainda segundo a ABI, Pérez reiterou que seu cliente é inocente e que está sendo perseguido politicamente.

Segunda ausência nesta semana

Na terça-feira, Morales deixou de comparecer a outra audiência de medidas cautelares, ainda no contexto da acusação de tráfico de pessoas. Na ocasião, seu advogado também compareceu em seu lugar e justificou que a ausência de Morales se deu por “problemas de saúde e idade avançada”.

A mãe da jovem com quem o ex-presidente supostamente manteve relações também foi convocada, mas não compareceu.

Ainda na terça-feira, a promotora Sandra Gutiérrez informou que, por ordens de um juiz cautelar, uma avaliação média deveria ser realizada em Morales e seus resultados divulgados dentro de até 48 horas. Além disso, foi definido que uma nova ausência do ex-presidente o faria ser considerado como pessoa “in absentia”, e que um mandado de prisão contra ele seria emitido.

O ex-presidente já havia sido intimado a depor em outubro de 2024, mas também não compareceu à audiência.

Morales disse que esta denúncia é uma “guerra suja” que, na sua opinião, as autoridades travaram contra ele para impedi-lo de concorrer a uma nova corrida presidencial em 2025.

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