Pix: oposição tem 20 vezes mais interações nas redes sociais do que governo

A Receita Federal revogou um ato normativo que previa a ampliação do monitoramento de transações feitas via Pix. Nas redes sociais, a determinação estava sendo alvo de desinformação e críticas por parte da oposição.

Para conter parte dos danos, o governo vai apresentar uma Medida Provisória para garantir a gratuidade, o sigilo e que não pode haver diferença no valor cobrado em Pix e em dinheiro.

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a MP vai equiparar o sistema de pagamentos instantâneos ao dinheiro vivo.

A suspensão da medida veio após uma onda de desinformação sobre a medida nas redes sociais. A urgência dada ao tema se deve à rapidez com que a versão mentirosa de que o governo tributaria transferências por Pix se disseminou.

O governo temia que as postagens enganosas seguissem piorando a situação, além de gerar mais desconfiança sobre a transparência do sistema.

 

 

O Palácio do Planalto teve dificuldade de frear o avanço das fake news sobre a fiscalização em transferências mensais que superavam os R$ 5 mil.

Vídeos da oposição nas mídias digitais geraram 20 vezes mais engajamento do que os conteúdos da base governista.

Levantamento da Bites aponta que as postagens de deputados do PL totalizavam 4,6 milhões de interações. As publicações de parlamentares do governo atingiram pouco mais de 218 mil.


• Reprodução/CNN Brasil

Somente uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira foi visualizada mais de 200 milhões de vezes.

O Google registrou o maior pico de pesquisas sobre o Pix desde o lançamento da ferramenta, em 2020. No YouTube, plataforma da Alphabet, os vídeos que estavam com mais visualizações eram, justamente, os que retratavam a versão da taxação – o que não iria ocorrer.

“Sem uma estratégia mais estruturada e focada especialmente na mídia regional, o governo encontrará crescentes dificuldades para conter a propagação da versão defendida pela oposição”, diz relatório da Bites.

Documento da Secretaria de Comunicação Social também expõe que, entre os dias 9 e 13 de janeiro, mais de 22 milhões de pessoas foram atingidas pelas desinformações envolvendo o Pix.

Em resposta, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar os autores dessas publicações.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Pix: oposição tem 20 vezes mais interações nas redes sociais do que governo no site CNN Brasil.

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