O porta-voz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Arnaldo Rodrigues, afirmou em entrevista à CNN que o novo papa Leão XIV irá abordar temas migratórios em seu pontificado.
Segundo o religioso, o pontífice possui um vasto conhecimento global que influenciará sua atuação.
Rodrigues ressaltou que o novo papa, além de ser um líder religioso, é um chefe de Estado, o que confere peso significativo às suas palavras e ações.
“O papa Leão XIV é um homem que tem muita consciência, ele tem uma profundidade teológica, política e cultural bem enraizada e forte”, destacou o porta-voz.
Experiência internacional e conhecimento global
O sacerdote enfatizou a experiência internacional do novo pontífice, que inclui vivência nas três Américas e visitas a diversos países como superior dos agostinianos.
Além disso, seu papel anterior como prefeito da Congregação para os Bispos proporcionou contato com realidades religiosas, políticas e culturais de várias nações.
“Ele tem uma visão global geral das necessidades do mundo e das realidades da igreja, não só do aspecto religioso, mas sobretudo esse aspecto geopolítico”, explicou Rodrigues. Essa perspectiva abrangente, segundo o porta-voz, permitirá que o papa aborde questões cruciais como guerras, fome e migrações com propriedade.
Abordagem gradual de temas sensíveis
Rodrigues antecipou que, embora o papa esteja adotando uma postura mais branda inicialmente, chegará o momento em que ele abordará temas sensíveis com mais força e propriedade.
“Vai ser um papa que, agora no início, está mais brando, mas vai chegar o momento que ele vai, com certeza, tocar esses temas com muito mais propriedade e força”, afirmou.
O porta-voz da CNBB também destacou que a questão migratória não se limita às Américas, sendo relevante em várias partes do mundo, incluindo Europa e Itália, onde o papa agora residirá. Essa amplitude do desafio migratório certamente influenciará a atuação do pontífice nessa área.
Rodrigues aconselhou cautela àqueles que tentam fazer leituras políticas precipitadas sobre o novo papa.
“Eu sugiro esperar um pouco mais para conhecer um pouco mais o papa”, disse, lembrando que, ao assumir o cargo, um cardeal se torna pontífice para o mundo, não para um país específico.
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