Maya Massafera rebate ataques após defender magreza: ‘É hate’

Maya Massafera voltou a se pronunciar nesta terça-feira (25), após ser alvo de uma série de ataques nas redes sociais devido a declarações que fez em vídeos, nos quais defendia a magreza extrema. Em um novo vídeo publicado em seu Instagram, a influenciadora se disse cansada de ser “saco de pancada” desde o início de sua transição e afirmou que sofreu transfobia ao expor sua opinião sobre o corpo e os padrões estéticos.

Ela abriu o vídeo com uma explicação sobre o preconceito que tem enfrentado: “Eu estou cansada de ser saco de pancada, desde antes de eu aparecer na minha transição. Quando descobriram, contra a minha vontade, que eu estava transicionando, começaram a sair matérias e até fotos que nem eram minhas, inventando que era eu. Desde essa época, estou sendo saco de pancada todo santo dia.”

Em seguida, Maya falou sobre a importância de respeitar as escolhas do corpo de cada um: “O corpo de ninguém deveria ser pauta. Eu, Maya, gosto de ser magra, e sim, estou em fase de transição, porque preciso perder alguns músculos. Isso não deveria ser assunto para discussão. Eu sempre fui a favor do corpo livre: se você quer ser malhado, ser gordo ou magro, seja”, afirmou.

A influenciadora também falou sobre as críticas que tem recebido desde que assumiu sua identidade de travesti. Para ela, o ódio que recebe está relacionado não apenas à sua transsexualidade, mas também à felicidade que ela demonstra em viver de acordo com seus próprios ideais. “Desde antes do corpo do falecido, eu fazia vídeos contra gordofobia. Não acho que seja só comigo, Maya, todas nós travestis sofremos com esse ódio. É um ódio por sermos travestis. Além disso, o hate também é por sermos felizes e por lutar pelos nossos ideais”, explicou.

Quanto à polêmica gerada por suas declarações sobre corpos magros, Maya detalhou o contexto histórico que usou como exemplo. “Falei sobre a cultura da elite antiga. As rainhas, por exemplo, estavam ficando muito gordas porque havia muita fartura, então, criaram corredores estreitos para que aquelas que não passassem por eles não pudessem jantar e, assim, emagreceriam. A partir disso, se estabeleceu a cultura da magreza na elite e a gordura nos plebeus.”

Sobre fazer parte da elite

Por fim, Maya reiterou que nunca afirmou ser parte da elite e refutou a ideia de que tenha um estilo de vida financeiro privilegiado. “Eu não faço parte da elite, nunca falei isso. Se ainda existisse uma elite como essa, eu seria queimada viva, porque sou trans, sou travesti, e meu corpo não é aceito por essa elite. Além disso, a elite de hoje não tem nada a ver comigo, estou longe disso”, afirmou.

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