STJ condena médico e ex-candidato por estupro de paciente em posto de saúde de Joinville


Crime aconteceu em 2021 e mesmo com duas condenações em instâncias inferiores, seguia respondendo em liberdade. Mandado de prisão foi expedido em 18 de fevereiro. Médico é condenado por estupro em Joinville
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou a 12 anos de prisão e determinou a expedição de mandado contra o médico Antônio Teobaldo Magalhães Andrade, de 58 anos, pelo estupro de uma paciente dentro de um posto de saúde de Joinville, cidade mais populosa de Santa Catarina.
O crime aconteceu em agosto de 2021 no bairro Iririú, onde o médico trabalhava como clínico geral. Na época, chegou a ser preso, recorreu e aguardou o trâmite do processo em liberdade. O mandado de prisão foi expedido no último dia 18. Portanto, é considerado foragido.
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À NSC, a defesa do médico informou que todos os endereços de Antônio Teobaldo foram informados no processo e que nenhum mandado de prisão foi recebido. Declarou ainda que elabora um parecer para enviar à imprensa.
O caso parou no STJ após duas condenações em instâncias inferiores. Mesmo respondendo em liberdade, o médico continuou com o registro no Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina e na Bahia. Atualmente, o CRM catarinense foi cassado.
Antônio Teobaldo também chegou a se candidatar em 2024 ao cargo de vereador na cidade baiana de Itabuna, pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB). A candidatura, porém, foi indeferida.
Na Bahia, o médico também tem uma condenação em primeira instância por estupro de vulnerável, contra uma menina de 13 anos em 2010.
Antônio Teobaldo teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral
Divulgacand
Abuso sexual em posto de Joinville
Segundo a denúncia, o acusado teria usado da condição de médico e se aproveitado da fragilidade da paciente diagnosticada com síndrome de burnout (distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionado ao trabalho).
Conforme o Ministério Público, ele fez várias perguntas de ordem pessoal para mulher e abusou sexualmente da vítima no consultório, após trancar o local por cerca de 40 minutos.
“A condenação definitiva do réu em todas as instâncias representa uma importante vitória para a vítima e para todas as mulheres que lutam por justiça. Após uma longa e árdua jornada processual, a verdade prevaleceu e a responsabilização foi confirmada. Esse resultado reafirma a importância de um sistema jurídico que protege as vítimas e combate a impunidade, especialmente em crimes de violência sexual”, declarou à NSC a advogada Ana Paula Nunes Chaves.
A Polícia Civil pede que qualquer informação quanto ao paradeiro do médico seja informada pelo e-mail [email protected] ou telefone e Whatsapp (47) 3481-3633.
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