Candidatura à presidência de Silvio Santos durou apenas 10 dias: entenda

Silvio Santos, que faleceu neste sábado (17/8) aos 93 anos, teve desejos políticos durante o processo de redemocratização do Brasil. Em 1989, quando tinha 58 anos, o apresentador decidiu candidatar-se à presidência da República.

Naquela época, já era casado com Iris Abravanel e pai de seis filhas, sendo a caçula, Renata, com apenas quatro anos e avô de três netos. Além disso, era o proprietário do SBT. Sua candidatura, oficializada em 31 de outubro de 1989, foi pelo PMB (Partido Municipalista Brasileiro), após uma tentativa frustrada de concorrer pelo PFL (Partido da Frente Liberal) no lugar de a Aureliano Chaves.

Silvio assumiu o lugar de Armando Corrêa, o candidato original do PMB, que renunciou duas semanas antes das eleições. Como as urnas eletrônicas ainda não existiam e as cédulas já estavam impressas, os eleitores que desejassem votar em Silvio precisariam marcar seu voto no nome de Armando Corrêa.

No entanto, a candidatura de Silvio Santos durou apenas dez dias. O motivo dissoi é que o processo foi impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 9 de novembro de 1989. O TSE julgou vários pedidos de impugnação apresentados por partidos adversários e considerou Silvio inelegível, por causa de ele ser concessionário de uma rede de televisão.

De acordo com registros disponíveis no site oficial do TSE, pesquisas eleitorais indicavam que Silvio Santos tinha 30% da preferência dos eleitores. Entretanto, sua candidatura foi cancelada antes mesmo da realização das eleições.

Naquele ano, os principais concorrentes à presidência eram Fernando Collor de Mello (PRN), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paulo Maluf (PDS) e Leonel Brizola (PDT). Fernando Collor foi eleito presidente, após vencer Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno.

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