Laudo confirma veneno em milkshake que matou jovem no Rio

Foi divulgado nesta segunda-feira (12/8), o laudo da perícia feita no milkshake que matou a jovem Vitória da Conceição Pereira, 23 anos. O documento constatou a presença de “chumbinho” na bebida.

O crime aconteceu no dia 4 de agosto em Maricá, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro. O Instituto de Criminalista Éboli, da Polícia Civil, percebeu que o material analisado estava adulterado.

Os materiais do gênero alimentício (vestígios de milk shake e batata frita) apresentam-se ALTERADOS, pois se encontram em estado de decomposição e com odor alterado. Além disso, o material do gênero alimentício vestígios de milk shake encontra-se ADULTERADO, devido à detecção da substância TERBUFÓS”, afirmou.

“O material tornou-se nocivo à saúde, uma vez que, a substância Terbufós, adicionada ao material do gênero alimentício, atua farmalogicamente como inibidora da enzima acetilcolinesterase, sendo absorvidas pelo organismo através da pele e mucosas”, continua o laudo da polícia.

O documento ainda informa que os sintomas clínicos da intoxicação variam de acordo com a dose ingerida e/ou absorvida. Estão entre eles, vômitos, sudorese, cefaleia, bradicardia, hipotensão, cólicas abdominais, espasmos da musculatura lisa e estriada, convulsões, coma e até morte.

Sim. Os grânulos cinza-escuros foram identificados como ‘chumbinho’, isto é, um produto clandestino, irregularmente utilizado como raticida”, diz o laudo.

Não possui registro na Anvisa, nem em nenhum outro órgão do governo. Em geral, o denominado ‘chumbinho, trata-se de venenos agrícolas (agrotóxicos), de uso exclusivo na lavoura como inseticida, acaricida ou nematicida, desviado do campo para os grandes centros para serem indevidamente utilizados como raticidas”, finaliza o documento.

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