O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, disse nesta terça-feira (27) que se o governo federal optar por adotar como pauta principal a regulação das redes sociais, seu partido não apoiará a decisão e votará contra.
Na publicação, ele argumenta que existem outras pautas que merecem mais atenção.
“O tema da regulação das redes sociais não é pauta de governo. Pauta de governo é a geração de empregos, a melhoria do meio ambiente de negócios, o controle da inflação e redução dos juros. Caso o governo insista nessa pauta, o Republicanos votará contra”, escreveu.
O tema da regulação das redes sociais não é pauta de governo. Pauta de governo é a geração de empregos, a melhoria do ambiente de negócios, o controle da inflação e a redução dos juros. Caso o governo insista nessa pauta, o Republicanos votará contra.
— Marcos Pereira (@marcospereira04) May 27, 2025
Atualmente, a Esplanada dos Ministérios conta com dois ministros do Republicanos: no Ministério do Esporte, André Fufuca, e no de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
A declaração de Marcos Pereira acontece na semana seguinte ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defender a regulação.
Na ocasião, durante cerimônia em Mato Grosso, Lula criticou que “tudo tem controle, menos as empresas de aplicativos”.
“É preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade de a gente regular o uso das empresas, sabe, nesse país”, afirmou o presidente.
Julgamento
Nesta segunda-feira (26), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça devolveu a ação sobre a regulamentação para julgamento. Ele tinha pedido vista do caso — mais tempo de análise — em dezembro de 2024.
Agora, cabe ao presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso, definir a data para a sessão.
Debate no Congresso
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse à CNN, anteriormente, que acha errada a ideia de o Supremo discutir essa pauta. Para ele, esse debate deveria ser feito na Câmara e no Senado.
O assunto divide parlamentares. Enquanto parte deles defende que haja regulamentação para evitar a disseminação de fake news, a oposição vê esse possibilidade como “censura”.