Os livros de colorir da coleção “Bobbie Goods” têm se tornado um verdadeiro fenômeno no Brasil, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos em apenas quatro meses. O sucesso surpreendente desses cadernos de colorir com figurinhas fofas reflete um desejo crescente das pessoas de se desconectarem das telas e retomarem atividades manuais.
Daniela Kfouri, diretora de marketing e vendas da HarperCollins Brasil, editora responsável pela distribuição do livro no país, compartilhou insights sobre essa tendência em entrevista à CNN. Segundo ela, o fenômeno começou no exterior e rapidamente se espalhou para o Brasil.
Da tela para o papel
Kfouri destacou que a procura por alternativas às telas tem crescido em todas as faixas etárias. “A gente está vendo uma tendência das pessoas procurando alternativas às telas, tentando fazer coisas mais manuais, isso está acontecendo em todas as idades”, afirmou.
O impacto do Bobbie Goods no mercado editorial brasileiro tem sido significativo. Kfouri revelou que as vendas do livro aumentaram o mercado livreiro em pelo menos dois dígitos, um feito notável para um setor que enfrenta desafios para atrair consumidores às livrarias.
Fenômeno social
Além das vendas impressionantes, a coleção Bobbie Goods tem gerado um fenômeno social. Kfouri mencionou a formação de comunidades em torno da atividade de colorir, com pessoas compartilhando vídeos de técnicas de pintura e organizando encontros para colorir juntas.
“Tem jovens, adultos, crianças, mas eu acho que o que está por trás disso tudo é realmente um desejo das pessoas de criar, de sair das telas”, explicou Kfouri, ressaltando o aspecto terapêutico da atividade.
O sucesso do Bobbie Goods ultrapassou as fronteiras das livrarias tradicionais, estando disponível até em supermercados e farmácias. No entanto, a popularidade também trouxe desafios, como o surgimento de versões piratas do livro, uma preocupação para a indústria editorial.
A versão oficial tem um preço R$ 39,90.
Bobbie Goods: ilustradora revela como livros de colorir foram criados