O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta sexta-feira (23) que o recuo do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) terá um impacto inferior a R$ 2 bilhões.
“O impacto é muito baixo. As medidas somadas são da ordem de R$ 54 bilhões. Nós estamos falando em menos de R$ 2 bilhões”, afirmou Haddad a jornalistas.
O Ministério da Fazenda anunciou na quinta-feira (22) medidas referentes a um corte de despesas com contingenciamentos e bloqueios. Entre as mudanças previstas, a alta para 3,5% de incidência do IOF sobre transferências relativas a aplicações de fundos no exterior gerou forte repercussão negativa, o que fez o governo revogar o trecho do decreto horas depois da divulgação.
Haddad disse nesta sexta-feira (23) que optou por revogar essa parte para “evitar especulações”, após ser alertado por operadores do mercado sobre as possíveis consequências da medida.
Na avaliação de Haddad, a reação do mercado “não foi exagerada”.
“Não considerei exagerada. Foi bastante diferente do que aconteceu em dezembro [quando houve o anúncio da ampliação da isenção do Imposto de Renda]. Em dezembro, teve aquela reação exagerada que depois acomodou, depois que foram explicadas as medidas”, afirmou.
Na véspera, a publicação na rede social X, o Ministério da Fazenda informou que decidiu manter em zero a alíquota do IOF sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior, que seria alterada para 3,5%.
Além disso, a equipe econômica informou que o dinheiro enviado ao exterior por pessoas físicas destinado a investimentos continuará sujeito à alíquota atualmente vigente de 1,1%, sem alterações.
A equipe econômica também anunciou na última quinta-feira (22) um congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025 com o objetivo de cumprir o arcabouço fiscal. O bloqueio foi de R$ 10,6 bilhões, já o contingenciamento foi na ordem de R$ 20,7 bilhões.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Recuo do IOF terá impacto inferior a R$ 2 bilhões, diz Haddad no site CNN Brasil.